PM que matou quatro pessoas da mesma família em pizzaria vai responder em liberdade

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As quatro vítimas eram da mesma família. Christian e Cristiano Lucena Terra, irmãos, Alexsander, sobrinho deles e o primo Alisson Corrêa Silva.

O policial militar Andersen Zanuni Moreira, de 26 anos, foi solto na semana passada para responder em liberdade à acusação de ter matado quatro pessoas de uma família no ano passado, no bairro Mario Quintana, em Porto Alegre. A mesma decisão define que o acusado vá a júri por causa dos crimes.

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A juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva assinou o documento chamado de sentença de pronúncia. A determinação diz que o réu deve ser julgado pelos quatro homicídios qualificados, violação de domicílio e a contravenção de vias de fato. Neste último é acusado de desferir três tapas nas costas de uma mulher. A denúncia por parte do Ministério Público foi realizada em agosto do ano passado por estes crimes e, por isso, estava preso.

No caso dos disparos que vitimaram os quatro integrantes de uma mesma família, Andersen declara que agiu em legítima defesa. De acordo com o que foi levantado pela repórter Letícia Mendes, do Diário Gaúcho, em relação a esta afirmação do réu, a juíza aponta que as versões de testemunhas, familiares e do próprio policial tem informações conflitantes. Por isso, apenas o Conselho de Sentença pode definir o caso.

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Na nova decisão da Justiça, as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultaram a defesa da vítima foram mantidas. Isto foi motivado pelo fato de que todos os disparos realizados pelo policial foram letais. Em nenhum dos tiros o policial tentou evitar órgãos vitais.

O caso

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Na madrugada das mortes, ao sair de uma festa em Alvorada à procura da ex-namorada, Andersen entrou em uma confraternização da família Lucena no Morro Santana, em Porto Alegre. Lá ele desentendeu-se com as pessoas da casa ao deduzir que a ex estivesse no local. Ao sair de lá foi seguido 180 metros por seis pessoas até uma pizzaria na Zona Norte, na Avenida Manoel Elias.

No relatório final, o delegado da 5ª DHPP Gabriel Lourenço aponta que ao ser localizado pelas vítimas dentro da pizzaria, Andersen se identifica, pede para se afastarem enquanto está escondido no banheiro do delivery. Alexsander, segundo a polícia, tenta retirar o PM do banheiro. O soldado resiste e utiliza um armário cinza, que está dentro do banheiro, como barreira.

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As duas mulheres também tentam entrar no banheiro e logo depois se assustam com o primeiro disparo. As imagens do circuito de segurança do local mostram a luta entre as vítimas e o policial que dispara contra todos eles. Ele alega legítima defesa.

Além de responder por conta deste caso na pizzaria, o policial é acusado, com mais duas pessoas pelo crime de estupro a vulnerável. O caso teria acontecido no início do ano passado na casa de Andersen, em Gravataí, mas o policial nega as acusações.

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