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- 4 de junho de 2021
Pioneira no Brasil, startup de Gravataí firma parceria com Toyota e mira outras gigantes
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Gravataí foi a cidade escolhida pelo engenheiro de Produção André Henrique de Britto e seu sócio, o administrador de empresas, com pós em Gestão do Meio Ambiente, Wladi Souza, para criar a Green Way for Automotive (GWA), startup que realiza um trabalho pioneiro para a reciclagem automotiva.
A GWA é a primeira no Brasil a receber a homologação da Toyota do Japão para o trabalho e firmou uma parceria com a montadora. Segundo a empresa japonesa, “o reconhecimento e apoio a este tipo de iniciativa está diretamente ligado a um plano global da Toyota Motor Corporation. Até 2050, ao menos 100 projetos com a mesma finalidade serão reconhecidos pela companhia e implementados em todo o mundo, mirando uma sociedade cada vez mais baseada em sistemas de reciclagem”.
Até fechar o acordo com a empresa gravataiense, a Toyota – tanto por meio da matriz quanto, quanto da filial brasileira – iniciou, ainda em 2017, uma pesquisa para identificar potenciais parceiras no Rio Grande do Sul, em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná. À GWA, a gigante japonesa deixou claro que o acordo não exige exclusividade, pelo contrário, a montadora incentiva que a startup busque mais parceiros. “Para eles, a causa ambiental é mais importante do que qualquer exclusividade”, explicam os sócios.
Moradores de Novo Hamburgo e Porto Alegre, André e Wladi escolheram Gravataí por conta do histórico do município no setor metal mecânico, a proximidade com a GM, com o Aeroporto Salgado Filho e pela facilidade das rodovias.
O trabalho da GWA consiste em coletar os veículos, realizar a descontaminação, já que os carros possuem diversos produtos como mercúrio, óleo, chumbo, entre outros, que precisam de um destino correto, para não contaminar o solo e ás aguas. A empresa separa os diversos tipos de materiais dos automóveis, desde os metais, até vidros, plásticos, borrachas, classifica de acordo com a qualidade e o tipo, e destina aos compradores. “Hoje, mais de 40% do veículo é descartado. Nossa meta é chegar a um aproveitamento de 95% do veículo”, apontou André.
A reciclagem de veículos não é novidade na Europa, Estados Unidos e Ásia. No entanto, como o Brasil possui uma frota mais antiga, o processo é mais complicado, o que levou os empresários a criarem e patentiarem uma máquina própria para o trabalho. “No Brasil, o problema é um pouco mais complexo. O país nunca regulamentou a reciclagem automotiva e é um dos maiores mercados automotivos do mundo”, destacou Wladi.
Os empreendedores explicam que o mercado é pouco explorado devido ao tamanho da frota e a maneira como os carros são descartados. “É muito comum ver o proprietário abandonar o carro que não tem mais condições de uso, muitas vezes com dívidas que excedem o valor de venda. Quando os veículos são apreendidos, eles simplesmente não buscam mais”, comentou Wladi. André também projeta um crescimento da demanda com a tomada do mercado pelos carros elétricos, que deve ganhar força em um período próximo. “E hoje, no Brasil, não existe uma empresa voltada só para isso, que tenha a reciclagem automotiva no seu DNA. Este é o diferencial da GWA, o foco 100% neste trabalho”, analisou o engenheiro.
Em seu site, a Toyota destacou a parceria com a empresa de Gravataí. “A escolha da GWA para essa parceria técnica é um importante passo dentro do Desafio Ambiental Global 2050 na América Latina, uma vez que este foi o primeiro projeto reconhecido pela matriz da Toyota na região”.