- Política
- 10 de agosto de 2019
Pela primeira vez na história, PT não terá candidato à Prefeitura de Gravataí
“O partido tem definição de não lançar candidato a prefeito, vamos buscar vaga no Legislativo”. Foi assim que a atual presidente municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Gravataí, Mariza Godoy, respondeu ao convite do Giro de Gravataí para que entrevistássemos um possível candidato do partido para a próxima eleição.
Esta seria a primeira vez que o partido que governou Gravataí por 14 anos não apresentaria um nome para disputar o comando do município. Presente nas eleições desde 1982, quando o ainda jovem, e desconhecido, professor Daniel Bordignon representou o partido, o PT disputou nove vezes a prefeitura de Gravataí, sendo vitorioso em quatro oportunidades.
A primeira vitória acontece na eleição de 1996, quando Bordignon e Miki Breir conquistaram a maioria dos votos, desbancando nomes tradicionais da política da Aldeia. A segunda vitória, no ano 2000, é a reeleição de Bordignon, líder de um agora gigante PT com milhares de filiados. O vice da vez é Sérgio Stasinski que será eleito prefeito para o terceiro mandato pestista, em 2004.
Após muitas brigas internas e a primeira impugnação de Bordignon, Rita Sanco é alçada ao posto de candidata substituta, e com a maior votação conquistada pelo partido (68 mil votos) torna-se a primeira mulher a governar a cidade.
A primeira derrota acontece em 2012, ano em que Marco Alba vence Bordignon com a vantagem de quem está administrando a cidade há um ano, desde a cassação de Rita, em Outubro de 2011. Nas eleições seguintes (2016 e 2017), com o professor Valter Amaral como candidato, o partido amarga a quinta e sexta posição, respectivamente.
O fato é que o partido que deteve o poder político na cidade por mais de uma década hoje ocupa espaço na lista dos nanicos e esforça-se para tentar conquistar uma vaga na Câmara.