Pedro Nascimento, o gravataiense de 16 anos que já é tetra campeão regional de gaita ponto

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Aos 16 anos, o jovem já demonstra habilidade com a gaita ponto.

Se na voz ainda mostra um pouco de timidez, mesmo ao cantar músicas conhecidas, na gaita os dedos escorrem com maestria, como se já soubessem os acordes a seguir. Assim é desde os primeiros anos de vida do gravataiense Pedro Lucca Nascimento Ricardo, que aos 16 anos, mostra afinidade com a gaita – considerado o instrumento mais difícil da música, e que retrata em tons a música gaúcha. 

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Morador do bairro Bonsucesso, Pedro começou cedo a relação com a música gaúcha. Da família natural de São Borja, já tinha referências e ainda quando pequeno já frequentava os CTGs, entrelaçando Pedro a cultura gaúcha. ‘’Meus pais (Rodrigo Ricardo e Eliara Nascimento) sempre foram envolvidos com o tradicionalismo. Minha família por parte de mãe sempre esteve envolvida com o CTG e com a música também, e acredito que isso tenha influenciado na minha decisão de querer aprender mais’’, contou. 

Em meados de 2012 Pedro iniciou aulas de fandango, e na sequência foi convidado para começar a invernada no CTG Carreteiros da Saudade. ‘’Eu comecei assim, fazendo um curso de fandango e logo depois comecei a participar da invernada do Carreteiros. São grupos de diferentes categorias que ensaiam e apresentam danças e coreográficas que ilustram a tradição gaúcha’’, contou. 

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O primeiro contato com a gaita 

Um baile de Dia das Mães, com a apresentação do acordeonista, cantor e compositor Nardel Silva foi o divisor de águas para Pedro, que ali o despertaria para o mundo da música. “Eu ainda era pequeno, mas lembro que nesse baile eu disse que queria aquele brinquedo (gaita). E lembro que fiquei com aquilo na cabeça, foi então que começou a minha paixão. A partir desse dia eu não parei mais. O primeiro contato mesmo com a gaita foi quando eu comecei a ter aulas. O Arthur Lima que era também do CTG foi o primeiro a me ensinar. E assim eu fui tomando gosto, lendo muito sobre e ensaiando’’, lembrou ele. 

O filho da Eliara e do Rodrigo Ricardo já projeta seu futuro com a música.

A pesar da pouca idade, o empenho e dedicação fizeram Pedro dar norte aos seus gostos e foi através de músicos como Raul Barboza, Nini Flores – artistas argentinos e que retratam a música nativista que ele se relacionou com a chamada gaita ponto ou gaita de botão – considerado instrumento de difícil execução e ameaçado de extinção pela falta de artistas que o utilizam. 

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Tetra 

Pela peculiaridade do instrumento, Pedro se destaca dos demais acordeonistas que surgem em meio às dificuldades de manter as tradições gaúchas ativas, principalmente nas novas gerações. Foi isso que colocou o gravataiense para disputar torneios e campeonatos de gaita ponto, garantindo a ele quatro títulos a nível regional. Os títulos foram conquistados em sequência de 2014 a 2016. Em 2017 Pedro ficou entre os três melhores, e em 2018, já com a idade limite para a competição, que vai dos 09 aos 14, conquistou o tetra. 

Gostos 

A partir do escopo que alcançara com os títulos, ele passou a realizar apresentações virtuais, também por conta da pandemia, e mantém fielmente seu apreço por músicos locais e de renome na música, como Luiz Marenco, Cesar Oliveira e Rogério Melo, entre outros. No entanto, um deles, de Cachoeirinha, é atualmente o seu reforço de ligação com a música. 

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‘’Eu gosto de diferentes músicos, como citei, mas tenho como norte e apoio o Leandro Berlesi. Acompanhei ele por um bom tempo até que tive a oportunidade de o conhecer e hoje tocamos em alguns projetos juntos. Então para mim isso é muito importante. É uma pessoa que também me motiva a seguir, embora sabemos o quão difícil é viver de música nos dias de hoje’’, lembrou do amigo, que seguidamente participa de lives com ele. 

O que esperar do Pedro Nascimento? 

Perguntado, Pedro não titubeou ao garantir que possui projetos na música. O primeiro deles é o foco nos estudos para o Enart – Encontro de Artes e Tradição Gaúcha – considerado o maior festival de arte amadora da América Latina e que a cada dois anos reúne diversos centros tradicionalistas do RS. Pedro projeta disputar o prêmio na categoria de gaita até oito baixos, o que garantiu a ele os quatro prêmios regionais.

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Além disso, ele revela a composição de uma música em parceria com um outro artista, mas prefere não dar detalhes do projeto, que ainda está no papel. Ao contrário de muitos jovens prodígios da música, Pedro mantém os pés no chão ao ser perguntado sobre o sonho de se tornar um dos maiores nomes da música gaúcha. ” O sonho eu tenho, mas não desta forma. Eu tenho a vontade é de tocar para algum músico conhecido. Sempre pensei dessa forma e acho que devo seguir pensando assim, num passo de cada vez”, finalizou ele.

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