Parque de Itapuã completa 50 anos e entrada é solidária neste final de semana

Parque de Itapuã completa 50 anos e entrada é solidária neste final de semana
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Com um cenário contemplativo e carregado de fatos históricos, como episódios da Revolução Farroupilha, nesta sexta-feira (14), o Parque Estadual de Itapuã, em Viamão, completa 50 anos. Em comemoração a data, a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) do RS, irá promover, durante todo o final de semana, o ingresso solidário. A arrecadação de alimentos não perecíveis será destinada às aldeias indígenas localizadas nos arredores da unidade de conservação. 

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O parque foi instituído em 14 de julho de 1973, por meio de um decreto estadual. Com uma área de mais de 5,5 mil hectares, além das praias e dunas, o espaço de conservação conta com ilhas, morros, costões rochosos, lagoas, banhados, e agrega, ainda, trilhas ecológicas e sítios arqueológicos.

No verão, as praias são o principal atrativo, mas o número de visitantes é limitado, a fim de garantir a preservação ambiental. Atualmente, duas estão abertas à visitação: as praias das Pombas e da Pedreira. Além disso, há quatro trilhas ecológicas disponíveis: da Onça, da Visão, da Fortaleza e do Araçá, que proporcionam passeios com vistas deslumbrantes. O acesso às trilhas precisa ser agendado e ocorre com o acompanhamento de guias autônomos credenciados.

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“O Parque Estadual de Itapuã é ímpar porque tem uma variedade de ecossistemas, com uma fauna e flora bastante diversificadas. Ele abriga um mosaico com os mais variados ambientes, onde encontramos uma transição entre os biomas Pampa e Mata Atlântica, o que permite a existência de muitas espécies. O parque é muito completo porque, além dessa biodiversidade, conta um pouco da história do Rio Grande do Sul”, explica a gestora e bióloga, Dayse Rocha.

História do Parque na Revolução Farroupilha

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Artefatos utilizados na Revolução Farroupilha foram localizados no parque e estão expostos. Foto: Grégori Bertó/Secom

Além de abrigar sítios arqueológicos dos povos indígenas, a área foi palco de importantes fatos da história do Rio Grande do Sul, como determinados eventos da Revolução Farroupilha e da instalação dos imigrantes açorianos que fundaram Porto Alegre.

Os farrapos construíram no local o Forte de Itapuã, um morro de onde tentavam impedir o acesso das tropas imperiais a Porto Alegre, bloqueando a passagem de suas embarcações. Nessa elevação, ainda existem vestígios das trincheiras onde os farrapos instalavam suas baterias de fogo. Barcos foram abatidos no Guaíba. Pesquisas desenvolvidas na área do parque permitiram a localização de alguns submersos.

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“Nesse morro, aconteceu o cerco à cidade de Porto Alegre. O local é cheio de trincheiras. No Centro de Visitantes do parque, há um mini museu, onde estão expostos artefatos da Revolução Farroupilha”, conta Dayse. Dentre os itens apresentados no museu, há pontas de lança, punhais, balas de garrucha e ferraduras utilizadas nos embates.

Trajetória e fechamento temporário

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No início de sua trajetória, o espaço enfrentou problemas como a ocupação irregular e queimadas. Em 1973, quando o parque foi criado, havia quase 900 casas no local, e o processo de desapropriação das terras levou cerca de duas décadas.

Em 1991, devido à ocorrência de vários incêndios, o parque foi fechado temporariamente à visitação, a fim de propiciar a recuperação de seus ecossistemas e estruturação administrativa. Naquele ano, determinou-se também a elaboração do plano de manejo do parque. Os ambientalistas compreenderam que a natureza precisava de um tempo para se recuperar e o local só foi reaberto em 2002, após ter ficado fechado por mais de dez anos.

Atualmente, o parque se encontra aberto e uma das principais buscas do público é pelas praias do local. Foto: Grégori Bertó/Secom

Hoje, perfazendo meio século de existência, o parque está vivo e disponível, não apenas na memória dos gaúchos, como também nas oportunidades que se abrem às novas gerações. A população pode acessar o parque, contemplar os desenhos caprichosos da natureza, andar pelos caminhos percorridos pela história e conhecer a importância dessa unidade de conservação.

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Serviço

Atualmente, as visitações ocorrem de quarta-feira a domingo e o horário de permanência dentro do parque é das 9h às 19h. O valor do ingresso por visitante é de R$ 21,65, apenas em dinheiro, e a venda ocorre na entrada, das 9h às 12h e das 13h às 17h. A meia-entrada, no valor de R$ 10,83, é garantida a doadores de sangue com comprovante, estudantes com documento oficial, pessoas com deficiência, idosos acima de 60 anos e crianças de dois a 12 anos. Crianças com até dois anos são isentas do pagamento. 

Para informações sobre o parque e agendamento de guias, o interessado pode entrar em contato através do WhatsApp (51) 98445-7745 ou do e-mail [email protected].

*Com informações e fotos do Governo do Estado do RS.

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