- Coronavírus
- 4 de março de 2021
Para destravar a compra de vacinas, prefeituras buscarão apoio do TCE e do Ministério Público
O prefeito de Cachoeirinha, Miki Breier, participou, na manhã desta quinta-feira (04), da reunião da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), que deu andamento à proposta do consórcio nacional de municípios para a compra da vacina SputnikV, para a prevenção da covid-19. De acordo com o ex-prefeito de Campinas e presidente da FPN, Jonas Donizette, 960 cidades, sendo 20 capitais já aderiram à iniciativa. “Perfaz uma população de 86 milhões de brasileiros, é um grande sucesso”, avaliou.
Segundo Miki, na conversa de hoje, ficou decidido que os municípios farão contato com seus procuradores e buscarão apoio do Ministério Público e dos Tribunais de Conta dos Estados, para buscar soluções e tirar entraves. Aqui, este contato será feito pela Granpal, consórcio que representa as cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre.
“Temos o Plano Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde. Queremos continuar seguindo, mas queremos somar, estamos querendo agilizar”, explicou o prefeito de Cachoeirinha. Miki ainda cobrou celeridade do Governo Federal que, em suas palavras, “Não tem sido exemplar. Não assinaram a compra das vacinas no ano passado, criaram problemas diplomáticos com a China. Fizeram algumas barbeiragens”, analisou.
Segundo o presidente da FNP, os municípios não têm despesa para entrar no consórcio. Após a adesão por parte das prefeituras, a instituição envia uma minuta de Projeto de Lei para ser encaminhada à Câmara de Vereadores. O prazo para adesão é até amanhã (05). Cachoeirinha aderiu ao consórcio. Confira o vídeo encaminhado por Donizette aos prefeitos:
Em conversa com a reportagem do Giro de Gravataí, Miki ainda destacou que não existe nenhuma informação oficial sobre um possível lockdown no estado, mas que o assunto é sempre trazido por alguns prefeitos, enquanto outros divergem.
“Alguns prefeitos, eu me incluo entre eles, entendemos que não foi o pequeno empresário o responsável, foram as festas as aglomerações no litoral. Mas agora não é hora de achar culpados. Estamos sofrendo com isso. Existe uma pressão do comércio e das escolas, mas o governador suspendeu a cogestão (que permitia medidas mais flexíveis dos municípios) e a Justiça proibiu o retorno as aulas”, observou. “O camarada que tem o comércio para levar comida para a família, também está lutando pela vida. Não existe embate entre vida e economia”, completou.
O prefeito de Cachoeirinha também lembrou que as cidades litorâneas decretaram um lockdown no fim de semana. “No carnaval, eu suspendi o ponto facultativo, fui criticado por isso. Mas no litoral, era a hora de fechar. Nós vimos as praias, não se enxergava areia. Vão fechar neste fim de semana, com todo o respeito, a decisão foi atrasada”, criticou.