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- 20 de outubro de 2020
“Ouvi a respiração e achei que era um cachorro. Colocamos a lanterna e vimos que era uma pessoa”, detalha ciclista que encontrou vítima caída em poço
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“Primeiro, entramos e ouvimos uma respiração. Achamos que era por conta de toda a história que dizem que tem o local, mas saímos e continuamos ouvindo. Estávamos entre três. Voltamos para o interior e pensamos que tratava-se de um cachorro, mas quando colocamos a lanterna vimos o homem dentro”. Assim conta, ainda assustado, o ciclista de 29 anos, e que há cerca de um ano e meio pratica o pedal em Gravataí e cidades vizinhas.
Ele e outros três amigos seguiam sentido a Serra Gaúcha quando pararam às margens da ERS-020. O homem, que preferiu não se identificar, disse que parou para mostrar aos amigos o local, um dos mais conhecidos e comentados pelos ciclistas da região, mas que na verdade nunca foi um manicômio, e sim, edificações de um orfanato-escola, que começou a ser construído em 1960.
“Parei para mostrar a eles. Só que aconteceu tudo isso. Quando vimos que tinha o cara dentro do poço, nós vimos sangue em cima da tampa do poço e nas paredes. Saímos rapidamente do local, pensamos que o assassino ou quem quer que tenha feito isso estivesse ali dentro ainda. Então fomos mais adiante, até um comércio e ligamos para a polícia e o SAMU”, disse ele.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros montou uma estrutura no local para a remoção. A tampa do poço, com cerca de cinco metros de profundidade, precisou ser removida com equipamentos de corte. Uma equipe do SAMU e policiais militares ajudaram no preparo e remoção do homem, que mesmo não identificado, aparentava meia idade. Ele foi levado ao Hospital Dom João Becker. Conforme a equipe de socorro, ele apresentava diversos ferimentos na cabeça e no rosto, além de sinais visíveis de hipotermia.
Perguntado sobre o feito de ter salvo uma vida, o ciclista disse que acredita que esteve no local certo na hora certa, mas alerta. “É, acredito que seja o destino. Não vejo que salvamos ele, mas estávamos na hora certo no momento certo. Porém poderíamos estar na hora errada no lugar errado. Eu fico pensando quem teria coragem de atirar uma pessoa dentro daquele poço? Quem tem coragem de fazer aquilo?”, destacou ele por telefone à reportagem do Giro de Gravataí.
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