Ormario e Neri | O desaparecimento de dois idosos que ainda desafiam a polícia em Gravataí

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Todos os dias, pelo menos um registro de desaparecimento de pessoas é feito nas delegacias de Gravataí. Em muitos casos, são pessoas maiores de idade que deixam suas residências e vão viver uma nova vida. Em outros, são adolescentes que acabam, por diversos motivos, deixando de se comunicar com a família e se escondendo na casa de amigos, familiares ou acabam vagando até serem localizados.

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O desaparecimento de idosos é o mais comum, porém, mesmo sem dados precisos, a impressão é de que o número vem subindo nos últimos meses e tem como resposta a pandemia. Entretanto, dois casos de idosos desaparecidos em Gravataí se assemelham, tanto pela dor das famílias que ainda não perderam a esperança, quanto para a polícia, que ainda tem como base pistas escassas e quase nulas para ainda tentar localizar os desaparecidos.

Um dos casos que ainda desafia a polícia é o de Neri Ribeiro, de 85 anos, desaparecido desde o dia 05 de outubro, no bairro São Jerônimo. Rotineiramente, seu Neri – como era conhecido na comunidade, acordava cedo e parava para conversar com vizinhos e frequentar um bar de amigos, há metros de sua residência.

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Por volta das 08h da manhã do dia 05, avisou a família que iria até o mercado do bairro comprar peixe. Desde então, desapareceu sem deixar rastros. Preocupada, a filha de Neri, Juçara Ribeiro, alertou a polícia sobre o desaparecimento e foi procurar o idoso. No estabelecimento comercial, o proprietário informou que seu Neri, figura conhecida, não havia chego ao local, deixando a família ainda mais aflita.

Além da ampla divulgação nas redes sociais, a família distribuiu cartazes na região e procurou hospitais, delegacias e até mesmo o Instituto Geral de Perícias. Informações de avistamentos do idoso em bairros da cidade mobilizou a família, mas nenhuma informação se concretizou. A última dela foi a presença de Neri em Canoas, há quase 30 quilômetros do seu bairro. No entanto, a informação não era verdadeira.

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Passados dois anos, a família ainda não tem respostas para o que aconteceu com o idoso. Durante os primeiros dias, a Polícia Civil e até mesmo a Guarda Municipal chegou a realizar buscas em diversos pontos, principalmente em locais à beira do Rio Gravataí. Mas sem sucesso. Sem imagens de câmeras de segurança nos arredores e apenas com a identificação do rosto e vestimentas, a polícia se concentrou em contatos com outras cidades da região, mas sem sucesso.

Caso Ormario

A dor e aflição de familiares e o desaparecimento sem pistas chega à família Silveira, que reside na região da São Marcos, ao ‘pé’ do Morro Itacolomi, às margens da ERS-020. Foi de lá que o aposentado Ormario Coelho da Silveira, de 78 anos, saiu com a companheira, o cunhado para conhecer as edificações abandonadas de um orfanato-escola na parada 106, popularmente conhecido como o manicômio abandonado.

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Conforme a família, em visita ao local, Ormario se perdeu. Com princípio de Alzheimer, os familiares procuraram por ele nos arredores, e após horas de busca, decidiram retornar para casa, já que suspeitavam que ele havia voltado a pé. Porém, a tarde do dia 20 de setembro seria a última a ver o idoso.

Ormario nunca retornou a residência. Assustados, eles retornaram ao local e iniciaram por conta própria uma varredura. Sem sucesso, comunicaram as autoridades policiais. Sem informações concretas, moradores da região afirmaram que viram um homem com as mesmas características vagando pela região.

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Uma força-tarefa chegou a ser montada com o Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal e Polícia Civil para localizar o idoso. Um morador, que faz divisa com as terras do manicômio, confirmou que viu um homem, aparentemente com as mesmas características de Ormario, passando pela estrada que liga sua propriedade à ERS-020.

Conforme ele, os latidos de seus cachorros chamaram a atenção e quando saiu para o pátio de casa viu o homem, que segundo ele, não deu bola para os cachorros, que vivem soltos na estrada. “Parecia compenetrado, com a visão longe. Nem deu bola para os cachorros. Eles latiam muito. Parecia estar seguindo alguém”, disse o residente à guardas municipais, ainda no dia das buscas.

Mais adiante, já às margens da rodovia que liga Gravataí a Taquara um comerciante informou ao delegado Ricardo Milesi e ao chefe de investigação sobre a passagem de um homem com as mesmas características. Sem pistas contundentes e com pouca clareza da dinâmica do desaparecimento, a polícia também buscou contato com cidades vizinhas, mas sem sucesso.

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Buscas a Ormario também foram ampliadas em propriedades desabitadas e até pedreiras na região, mas até então ele segue desaparecido. Em ambos os casos a polícia aguarda por informações que possam levar a pelo menos o corpo do idoso, já que pelo tempo desaparecido as chances de ser encontrado vivo são quase inexistentes.

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