O gravataiense que trocou a cidade pela paradisíaca Preá, no Ceará

O gravataiense que trocou a cidade pela paradisíaca Preá, no Ceará
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André Gama de Farias, ou apenas André aqui na reportagem, tem 39 anos e morou por dez anos em Gravataí. Por último trabalhou em uma papelaria, e depois numa escola de cursos técnicos. André conheceu a praia do Preá através de uma amiga, que costumava compartilhar no Facebook músicas japonesas, o mesmo gosto do nosso entrevistado. A amizade foi crescendo, e muitas pessoas do Preá e de Cruz (cidade onde fica a praia) começaram a adicionar André. Cerca de 40% de seus amigos no Facebook eram de lá. A praia fica perto da famosa Jericoacoara. Depois de muitas conversas jogadas fora, surgiu um convite para conhecer o município. Um de seus amigos ofereceu a hospedagem. No dia 22 de janeiro de 2016 seu futuro estava traçado. Mas ele não sabia que iria morar ali.

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Nos preparativos da viagem algo aconteceu. André recebeu uma “cutucada” no Face, de uma moça chamada Glauciane. Marcaram um encontro. Depois de chegar ao Ceará e conhecer todas as suas belezas, André foi até a moça em seu trabalho.

Diz ele que rolou uma química e dois dias depois já estavam trocando beijos.

“Eu imaginava que era apenas um romance de praia, felizmente estava enganado, seguimos nos falando pelo resto do ano, no ano seguinte, voltei ao Ceará para vê-la (estava em outra viagem de férias, passei no Ceará para revê-la) nesta viagem, conheci a família dela, pedi a permissão para namorar.” – comenta André.

Note: permissão para namorar. O tempo foi passando e o rapaz decretou que 2018 seria seu último ano como turista no Preá. É que ele queria ficar ao lado de Glauciane. Largou o emprego na escola e foi embora.

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“Dia 23 de maio, já era um gaúcho morador da praia do Preá” – diverte-se.

E o André mal percebia, mas a sua hoje namorada o observava há muito tempo, e quando foi adicionada no Facebook cuidava se suas fotos eram curtidas por ele.

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O Jackie Chan

Esse é o bar onde André trabalha que foi fundado pelo sogro, o Seu Messias, mas que agora é também um restaurante. Apesar de ser um faz tudo no comércio, André não esconde o carinho que tem pelo restaurante, onde sua esposa e sua sogra fazem a comida. E tem de tudo. Picadinhos, galinha caipira, costela e panelada, ou dobradinha como alguns preferem chamar. Se o cliente chegar pedindo tapioca com ovo, leva também. Feijão preto com beterraba é possível. Ele posta os pratos no Facebook e repete o bordão: vem jantar! Diferente de Gravataí, o restaurante funciona das 11 horas da manhã até às 3 da tarde. E mesmo fora do horário, os clientes são atendidos com a comida. Este é um público que chega às 8 horas da manhã depois das festas, ou que viram a noite na rua.

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Mas porque o nome Jackie Chan?

O cunhado de André cuidava do bar antigamente, e Roberlanio era parecido com o desenho que rodava nas manhãs da Globo. Ele mesmo que pintou a decoração do bar, obviamente inspirado no personagem lutador.

Um prato de comida custa de R$ 10,00 a R$ 12,00. Não existe sistema de Buffet-livre, pois segundo André, o cearense tem um apetite mais aberto do que os gaúchos, então é inviável essa opção. Uma jarra de suco que serve dois litros custa R$ 5,00. Um copo custa R$ 1,00. E tem os sabores: caju, graviola, cajá, tamarindo (mas não o do Chaves), manga e acerola. Tudo natural. Uma água de coco custa R$ 2,00 contra R$ 11,00 de Tramandaí (Gravataí nem chega a ter).

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Uma das principais diferenças entre cearenses e gravataienses, é que o nordestino é mais curioso, tímido, hospitaleiro e cristão. São mais simples que os gaúchos.

O custo de vida é mais barato, a alimentação básica que o diga. Mas a laranja é mais cara. Fazer negócios imobiliários no Preá é bom somente para a comissão dos corretores, pois os imóveis tendem a ser muito caros, como um simples terreno perto do mar a R$ 1 milhão de reais. É mais caro que a capital Fortaleza.

A principal rua do balneário é asfaltada, enquanto que as demais recebem cascalho. E outras ruas são formadas por areia da praia. Só buggy passa. O SUS funciona OK, mas a energia elétrica só chegou à localidade em 1988 e a água encanada agora em 2012 na região do bar Jackie Chan. Mas ambas faltam com frequência.

TV só na parabólica. E até 2017 a internet era por rádio, mas agora é de fibra ótica devido à proximidade com Jericoacoara.

E o novo cearense avisa: se a tua reportagem bombar, muitos turistas vão vir para cá. Então segue fotos do lugar:

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