- Geral
- 18 de novembro de 2020
Nível do Rio Gravataí volta a preocupar por conta da falta de chuvas
O último período de estiagem encerrou em maio passado, de acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. No entanto, não houve uma recuperação satisfatória dos volumes de água no solo e subsolo em todo o Rio Grande do Sul. O que demanda uma atenção maior, principalmente em bacias hidrográficas com maior vulnerabilidade, dentre elas a bacia do Gravataí.
No Rio Gravataí, a combinação de pouca chuva, predominância de vento nordeste, altas taxas de evapotranspiração, e captações de água na calha do rio, possui o potencial de comprometer a disponibilidade hídrica para fins de abastecimento público de populações.
Em março deste ano foi publicada a Portaria SEMA Nº 38/2020 que estabeleceu os limites de atingimento dos níveis críticos e de alerta na calha do rio Gravataí, e também o início da vigência das interrupções e liberações de captação de água superficial.
Quando o nível do rio Gravataí na estação CORSAN/Alvorada estiver abaixo de 1,60m, ou o nível na estação CORSAN/Gravataí estiver abaixo de 0,80m, fica estabelecida a “condição de alerta” em que ficam suspensas as autorizações para captação direta de água no rio Gravataí para a finalidade de irrigação.
Quando o nível do rio Gravataí na estação CORSAN/Alvorada estiver abaixo de 1,30m, ou o nível na estação CORSAN/Gravataí estiver abaixo de 0,50m, fica estabelecida a “condição crítica” em que ficam suspensas todas as autorizações para captação direta de água no rio Gravataí, com exceção de abastecimento de população humana.
Devido à falta de chuvas, equipes da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), juntamente com a Brigada Militar, realizaram um sobrevoo no rio Gravataí com o objetivo de monitorar a atual situação devido à de falta de chuvas na região.
Essa é a terceira operação conjunta realizada pelos órgãos nos últimos 20 dias na região que abrange a Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande. No sobrevoo foi possível verificar a situação geral das lavouras e do rio, no trecho que abrange os municípios de Gravataí, Glorinha e Viamão.
Os técnicos observaram os possíveis escapes de sedimento que provocam elevação de turbidez e podem comprometer os serviços de tratamento de água para consumo humano. Conforme a equipe, o rio Gravataí, cujo nível vem apresentando redução em decorrência da falta de chuvas, já mostra porções assoreadas evidentes. Também foi detectada turbidez elevada na Estação de Tratamento de Água (ETA) de Gravataí.
Na região arrozeira, a Fepam localizou um empreendimento com problemas de escapamento. A equipe orientou o empreendedor para que siga o que está previsto e determinado na licença ambiental, a fim de reverter a situação.
A Fundação segue atenta para a situação, zelando para que os irrigantes licenciados mantenham a operação dentro dos limites autorizados nas licenças, respeitando a legislação ambiental pertinente. A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, por meio da Sala de Situação, também vem acompanhando o nível do Gravataí.