- Coronavírus
- 3 de março de 2021
“Não seria surpresa”, diz Zaffalon sobre a possibilidade de lockdown no RS
Nos últimos dias, ganhou força nos corredores das prefeituras da Região Metropolitana o receio que o governo do Estado propor ou impor um lockdown. Pessoas do primeiro escalão dos governo municipais acreditam que Eduardo Leite deve trazer esta pauta ainda esta semana.
O assunto ganhou ainda mais peso no início da tarde desta quarta-feira (03), quando a Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte), anunciou que irá decretar o lockdown no próximo fim de semana. De acordo com o anúncio, a medida para as cidades litorâneas e encostra da serra, que pode ser um indicativo do modelo estadual, “prevê o fechamento de todas as atividades econômicas, incluindo supermercados. Farmácias deverão funcionar com sistema de tele entrega, assim como os restaurantes. Os postos de combustíveis permanecerão abertos, com as lojas de conveniência fechadas. Todas as demais atividades não essenciais deverão estar fechadas”
A reportagem do Giro de Gravataí conversou com pessoas ligadas ao gabinete do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, e do primeiro escalão das prefeitura de Alvorada e Cachoeirinha. Os servidores pediram para não serem identificados, mas confirmaram que existe a discussão sobre o assunto ser colocado pelo Piratini até sexta-feira (05).
“Eu não tenho nenhuma informação neste sentido. Mas para quem está por dentro do problema, vivendo todos os dias como eu, como o secretário Régis (da Saúde), não seria nenhuma surpresa”, afirmou o prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon. Ele ressaltou que a situação da Região Metropolitana é de esgotamento. “Hoje, em reunião com o Hospital Dom João Becker, conseguimos o último espaço para acomodar mais cincou ou seis leitos”, revelou.
Zaffalon ainda lembrou que mesmo estes novos leitos não serão suficientes para atender à demanda crescente. “Esta hora, em que estamos conversando, deve ter umas 30 pessoas esperando atendimento no Hospital de Campanha. Não tem mais, está tudo lotado, a UPA, o PAM”. O prefeito lembrou ainda que hoje (03) completa o período de 15 dias do carnaval e das aglomerações geradas, o que ainda deve gerar um aumento da procura por atendimento nos próximos dias.
Embora não ressalte não haver informação sobre um possível lockdown, Zaffalon tem convicção que o mapa do distanciamento controlado seguirá em bandeira preta e não acredita que o Piratini retome a cogestão neste momento. “É uma pena, porque nós conhecemos as questões específicas. Mas também entendo, até para que ninguém use a cogestão de maneira irresponsável”, avaliou.