- Polícia
- 15 de março de 2020
Mulher morta a tiros pelo ex-companheiro em Gravataí tinha denúncias e medidas protetivas
Aos poucos, o assassinato de uma mulher na noite deste último sábado (14) no interior de uma lancheria, em uma das regiões mais frequentadas de Gravataí, começa a ser esclarecido. Foi por volta 20h30 quando Marcelo Fraga Pacheco, de 36 anos, invadiu o estabelecimento que sua ex-companheira trabalhava. A ação que demorou poucos segundos, ceifou a vida da mulher, que por 15 anos ficou casada com o autor do crime.
Conforme a Polícia Civil, ao avistar Jocemara Ramão, ele abriu fogo. Conforme clientes que estavam no local, a mulher chegou a pedir para que o ex não cometesse o crime, mas acabou sendo atingida com três disparos, dois deles na cabeça e um na mão. Em seguida, o autor do crime se suicidou com um disparo na região da boca. O crime, enquadrado como feminicídio, revelou apenas o estopim de uma série de denúncias contra o agressor. Conforme a polícia, Jocemara já havia registrado ocorrências de ameaça, lesão corporal e vias de fato.
A última, feita no dia 19 de fevereiro, ela alega ter sido mantida em cárcere privado com os filhos e sob constante ameaça, fato pelo qual solicitou medidas protetivas, e que foram deferidas pela justiça. Desde então, Marcelo não poderia chegar perto da ex-companheira. De acordo com o delegado Eduardo do Amaral, sem prisão preventiva, ele só podia ser preso se fosse pego em flagrante, violando a ordem.
“Ele chegou a prestar depoimento, mas negou todas as acusações. Ele não tinha prisão preventiva decretada, mas como havia medida protetiva, poderia ser preso em flagrante. No caso de ontem, ele violou, mas acabou praticando o suicídio em seguida”, explicou Amaral, responsável pela investigação do crime.
Jocemara deixa dois filhos.