- Polícia
- 8 de dezembro de 2020
Morte de morador a pedradas e participação em crimes; polícia prende homem que ‘tocava o terror’ no Centro
Com uma faca de cerca de 20 centímetros na cintura, circulava tranquilamente pela praça Central de Gravataí um homem de 26 anos, apontado pela Polícia Civil como o autor de um assassinato brutal ocorrido em agosto deste ano. O preso, que teve sua prisão preventiva decretada nesta última semana, tinha uma rotina de andejos, mas passava a maior parte do tempo na região central da cidade, sem se intimidar com a presença de guardas municipais e policiais militares.
Foi naquela mesma região, na madrugada do dia 27 de agosto que ele, após um desentendimento com um morador de rua matou a pedradas Lucas da Silva Garcia, de 27 anos, encontrado naquela manhã, embaixo da marquise de uma loja. Conforme apurou a investigação, a vítima foi acordada pelo acusado e em seguida começou a ser golpeada. A motivação para o crime seria o desentendimento na comercialização de drogas entre os homens em situação de rua.
O caso, que havia sido registrado como lesão corporal chegou na delegacia apenas no dia 02 deste mês e com informações de testemunhas foi elucidado em 24 horas. O acusado, natural de Camaquã, foi detido nesta manhã (08), na mesma praça onde passou a ser visto.
Furtos e roubos na região central
A Polícia não confirma, mas comerciantes colocam o homem, definido como violento, como um dos suspeitos de diversos furtos e tentativas de arrombamento em diferentes estabelecimentos comerciais da região central. Não são raras as vezes que lojas do entorno da praça amanhecem com portas quase arrombadas. “É uma sensação de insegurança. Eles têm o direito de ficar em qualquer lugar, mas parece que se reuniu um grupo de pessoas e são estes que dão as regras. Ficam aqui, criam confusão, e são violentos. Eu nunca me meti com eles porque vejo que posso me dar mal”, disse um comerciante de 39 anos, que preferiu não se identificar.
A atendente de 26 anos, que trabalha em farmácia, também nas imediações do centro, também falou sobre os relatos de clientes. “Muitos chegam aqui dizendo que foram intimidadas ou abordadas. Já chegaram aqui também mulheres que foram assaltadas por eles, e pediram ajuda. Ultimamente mesmo com a presença dos guardas a pé e da polícia, eles andam livremente, e dá medo para nós também, que saímos a tarde, quando já não tem mais o movimento de pessoas nas paradas”, destacou a jovem.