- Especial
- 21 de novembro de 2020
Manifestantes organizam protesto no Carrefour de Gravataí pelo fim do racismo
O assassinato brutal de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, cometido por dois seguranças que trabalhavam para a rede de hipermercados Carrefour chocou o país e foi destaque em parte da imprensa internacional. O caso, que além de ter sido filmado, e que mostra a vítima imobilizada depois de ter sido agredida com socos, causou revolta e desencadeou uma série de manifestações, principalmente de movimentos negros anti-racistas.
Foram diversas as manifestações por conta do racismo sofrido por João, que não resistiu à tamanha brutalidade. Diversos artistas também se manifestaram contra os atos de racismo ocorridos nos últimos tempos em todo o mundo. Uma série de protestos nos mercados da rede também foram vistos. Em alguns casos, manifestantes tentaram atear fogo nos locais. Houve confusão com a polícia.
Em Gravataí, um grupo organiza para as às 17h uma manifestação pacífica pedindo o fim do racismo após o caso de João, e lembrando o Dia da Consciência Negra (20 de novembro). Conforme a organização, por meio de nota, o manifesto começa no Parcão de Gravataí e se estenderá até o Carrefour, no Centro da cidade.
Entenda o caso
João Alberto foi morto por dois seguranças do supermercado na noite de quinta-feira (19). Segundo a polícia, a vítima teria feito um gesto para uma funcionária do mercado, o que a fez chamar a segurança do local.
Beto, como era conhecido, foi acompanhado pelos dois homens ao estacionamento da unidade. De acordo com a polícia, ele teria dado um soco em um dos seguranças, quando começaram as agressões. A vítima foi agredida por cerca de 5 minutos pelos dois homens.
A Samu foi acionada, mas ele morreu no local. Os dois homens foram presos em flagrante e devem responder por homicídio triplamente qualificado.