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  • 6 de julho de 2021

Lançado projeto que visa fornecer absorventes artesanais para meninas da periferia em Gravataí

Lançado projeto que visa fornecer absorventes artesanais para meninas da periferia em Gravataí
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Mara Pacheco – idealizadora do projeto com o presidente do Sindilojas, José Rosa. Foto: Viviane Paim/Especial

Foi na noite da última quinta (01) que o Projeto Ester – Somos Todas Irmãs foi oficialmente lançado. A proposta mistura solidariedade e preocupação com a vida de adolescentes e mulheres, principalmente daquelas que vivem em situação de vulnerabilidade social. Criado em 2020 pela integrante da Igreja Assembleia de Deus, Mara Pacheco, o projeto ganhou adeptos, tomou forma e agora realiza seu ‘piloto’ com as 200 primeiras meninas. 

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No seu lançamento, a iniciativa foi apresentada para cerca de 50 convidados, entre eles, empresárias e lideranças que conferiram de perto, por meio de vídeo, o processo de confecção de centenas de absorventes de tecido que serão entregues a mulheres entre 16 e 35 anos que vivem em vulnerabilidade social. 

Entre os apoiadores, está o médico ginecologista Dr. Marcelo Leone que proferiu palestra sobre a história e o surgimento do absorvente. Conforme o ginecologista, na década de 60 do século XX, pequenos pedaços de tecido dobrados eram utilizados pelas mulheres para absorver o fluxo menstrual. As chamadas toalhas higiênicas eram costuradas pelas próprias usuárias e, após o uso, lavadas e reutilizadas.

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O primeiro absorvente descartável chegou ao Brasil em 1930, mas foi na década de 50 que começou a se popularizar. Representando maior conforto e praticidade, a novidade foi estampada em várias propagandas relacionando as mulheres que usavam os absorventes à ideia de modernidade.

Entre os fomentadores do projeto está o médico ginecologista, Marcelo Leone.

Hoje, as mulheres contam com diversos absorventes descartáveis industrializados, que atendem várias necessidades (protetor diário, noturno, pós-parto, entre outros) e preferências das consumidoras (com abas, sem abas, ultrafinos, etc). É um produto que faz presente na rotina da maior parte do público feminino.

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Estima-se que a mulher faz uso de cerca de dez absorventes descartáveis em cada ciclo menstrual, e de dez mil a 15 mil da puberdade até a menopausa. Como no Brasil não existe reciclagem para esse tipo de resíduo, esses absorventes acabam indo parar em lixões e aterros sanitários, causando um problema ambiental.

A solenidade de lançamento contou com a entrega de centenas de absorventes realizada pelo presidente do Sindilojas, José Rosa e o ginecologista Dr. Marcelo Leone para a coordenadora do Projeto, Mara Pacheco e à Pastora Margarida Conceição. O material será encaminhado às mulheres em vulnerabilidade social cadastradas no Projeto.

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Mara Pacheco, identificou a pobreza menstrual quando se deparou com uma menina durante um encontro da igreja que ia com muita frequência no banheiro. Mara questionou a moça e verificou que a estudante utilizava papel higiênico fazia dias. A partir dali ela mobilizou outras pessoas até apresentar o Projeto Ester para o Sindimulher que prontamente abraçou a ação. 

De acordo com Dr. Leone, os absorventes que serão entregues são uma opção ecologicamente correta, pois o absorvente higiênico descartável, demora até 500 anos para se decompor, o que traz um impacto ambiental crescente. 

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O presidente do Sindilojas Gravataí, José Rosa, agradeceu todos os envolvidos neste Projeto e apresentou o processo de confecção, moldes e o tipo de tecido que teve o apoio da empresa 020 Têxtil e da artesã Danielle Salvador. O dirigente mostrou o modelo de absorvente de tecido aos participantes do evento para conferiram o tecido e o molde do produto.

Para a coordenadora do Sindimulher, Cerly Dal Santo, é uma honra estarmos envolvidas num Projeto deste porte. “São mulheres ajudando outras mulheres para combater a pobreza menstrual. Estamos orgulhosas em poder fazer o bem”.

Os absorventes de tecido distribuídos terão manual de uso, com a maneira adequada de lavagem, bem como conservação. As usuárias da primeira proposta de modelo do absorvente participarão de uma pesquisa para levantamento de dados sobre a adaptação.

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A ideia, conforme Mara Pacheco, é promover maior qualidade de saúde e higiene durante o período menstrual de mulheres que vivem em vulnerabilidade social. “O Projeto está aberto para quem quiser participar e contribuir. “Contamos com vocês para fazer parte do Projeto Ester- Somos Todas Irmãs”- Banco de Absorventes: o combate à Pobreza Menstrual.

O Projeto Ester – Somos Todas Irmãs conta com o apoio do Sindilojas Gravataí, Sindimulher, o médico ginecologista da Uniclínica, Dr. Marcelo Leone, Igreja Assembleia de Deus, 020 Têxtil, Danielle Salvador Artesã, Prefeitura Municipal e Comissão de Saúde da Mulher.

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