- Coronavírus
- 20 de fevereiro de 2021
Prefeito de Gravataí considera situação da covid gravíssima e pede a manutenção da cogestão
“A situação é gravíssima. No pior momento da pandemia, Gravataí recebeu o pedido para receber entre 30 e 35 pacientes de outros municípios. Hoje, o pedido é para 92 pessoas”, revelou o prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon, em entrevista exclusiva ao Giro de Gravataí. Neste contexto, que levou o governo do Estado a classificar 11 regiões com a bandeira preta no sistema do distanciamento controlado, Zaffalon explicou que existe um pensamento comum a todas as administrações municipais da região. “Todos os prefeitos da Região Metropolitana de Porto Alegre concordam com a suspensão imediata das aulas”, afirmou.
O cenário também indica que não serão encaminhados recursos pedindo a reconsideração da bandeira, no entanto, os gestores municipais pedem a manutenção da cogestão, que permite que as cidades adotem regras mais flexíveis dentro do sistema de bandeiras. “Conversei com o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, que também defende a cogestão e vai pedir ao governador Eduardo Leite que isso seja mantido”, contou Zaffalon.
“Entendemos que cada município tem a sua realidade. Por exemplo, em Gravataí, diversas indústrias têm o terceiro turno e seguem protocolos de segurança muito rígidos. Eles não são os culpados, não são eles que geram aglomerações. Da mesma forma, os restaurantes também seguem todas as medidas para prevenção. Queremos sim implantar protocolos rígidos, uma forte fiscalização, mas algumas atividades econômicas podem continuar com segurança”, explicou o prefeito de Gravataí.
A discussão acontece pela preocupação dos municípios com a possível suspensão da cogestão, como aconteceu em outro momento de pico da pandemia. Enquanto aguardam o decreto prometido pelo governo gaúcho para este sábado (20), os prefeitos já marcara, por meio da Famurs, uma reunião virtual com o governador Eduardo Leite para a próxima segunda-feira.
Caso o sistema de cogestão seja suspenso, as cidades sob bandeira preta terão que cumprir na íntegra os protocolos, que estabelecem, por exemplo, o fechamento do comércio considerado não essencial e o funcionamento de restaurantes apenas nas modalidades de tele-entrega e pegue e leve.