- Polícia
- 29 de maio de 2020
Juíza determina soltura de angolano preso durante ocorrência policial em Gravataí
A juíza da 1ª Vara Criminal de Gravataí, Dra. Valéria Eugenia Neves, expediu o alvará de soltura, na tarde desta sexta-feira (29), para o angolano Gilberto Casta Almeida, de 26 anos, preso desde o dia 18 de maio, após uma ocorrência policial, que resultou no afastamento voluntário de três policiais do 17º BPM de Gravataí.
O pedido foi impetrado pela advogada de defesa, Ana Konrath Alves. De acordo com ela, o pedido de soltura foi feito com base no depoimento dos policiais. Gilberto estava recolhido na Penitenciária de Canoas, desde a data do caso, quando conforme o registro policial, foi preso em flagrante com uma arma, e teria atirado nos policiais.
Durante a apuração da Delegacia de Homicídios de Gravataí, os policiais mudaram o depoimento, não confirmando que a arma estivesse com Gilberto, nem mesmo que ele teria participado da troca de tiros. Concluso, o inquérito foi remetido ao judiciário relatando um suposto excesso dos policiais na abordagem, e apontando que Gilberto não teve participação na ocorrência.
Ele e sua companheira, Dorildes Laurindo, de 56 anos, estavam no veículo, chamado por aplicativo, quando o condutor, foragido do sistema penitenciário, fugiu de uma abordagem policial, ainda em Cachoeirinha. No registro, os policiais afirmaram que os ocupantes reagiram a abordagem e efetuaram os disparos. Uma arma foi apreendida, e estava próximo de Gilberto. O condutor do veículo fugiu, mas foi capturado.
Dorildes foi atingida por três disparos e segue internada no Hospital Dom João Becker. Gilberto também foi baleado, levado ao hospital aonde ficou sob custódia. Quando recebeu alta, foi apresentado e ficou na Delegacia de Homicídios de Gravataí até ser transferido para Canoas. “Justiça sendo feita. Vamos até o final”, conversou rapidamente a advogada de defesa, Ana Konrath, com a reportagem.