Jovem negro, morador de Cachoeirinha, é falsamente acusado de assalto a ônibus

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Trancal/Reprodução

No início da última terça-feira (05), um jovem negro foi acusado, injustamente de ser um assaltante. Atendendo ao seu pedido e para preservar a sua segurança, nossa reportagem usará o nome fictício de Anderson para chamar o rapaz. Com 22 anos, mora no bairro Jardim do Bosque, junto com a esposa e a filha. Ele trabalha no Centro de Porto Alegre, na loja da família.

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Na terça-feira, por volta das 19h, Anderson entrou no ônibus da linha Granja Esperança, no Camelódromo da Capital. “Entreguei uma nota de 50 para o motorista. Ele ficou me olhando um tempo e disse que não tinha troco. Respondi que não tinha problema, que ele poderia me entregar no destino, para não atrapalharmos a fila”, revela o jovem à reportagem do Giro de Gravataí.

O morador de Cachoeirinha, então, encontrou um lugar e sentou para aguardar a viagem. Depois de algum tempo, alguns passageiros começaram a reclamar da demora para que o coletivo deixasse o terminal. O condutor apenas respondia que precisava aguardar a liberação por parte do fiscal. Por volta das 19h20, o som das sirenes e as luzes dos giroflex foram percebidos por Anderson.

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Policiais militares entraram no ônibus, foram até o local onde o rapaz estava e mandaram que se levantasse. Ele foi tirado do coletivo, revistado e, mesmo sem estar com nada comprometedor ou ilegal, foi algemado. Mais tarde, já nos posto da Brigada Militar, Anderson recebeu uma explicação, o motorista havia informado que o passageiro estava armado e iria assaltar o ônibus. Mais, o condutor ainda afirmou que o jovem já havia roubado o coletivo dias antes.

O jovem negro foi liberado e pôde voltar para casa. No entanto, sua rotina ainda não voltou ao normal. “Desde que aconteceu isso, não peguei mais ônibus, só táxi ou carro por aplicativo. Pegava sempre o mesmo ônibus. Tenho vizinhos, moradores do meu bairro que pegam a mesma linha. Todos me viram sendo tirado pela polícia, sendo algemado. Temos a nossa loja, a minha imagem foi afetada”, revela.

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Anderson encerra a conversa fazendo um questionamento. “Se eu não fosse negro, se a minha pele fosse mais clara, será que isso teria acontecido?”

A reportagem do Giro de Gravataí entrou em contato com a assessoria de imprensa da Transcal que respondeu por meio de uma nota:

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“A empresa repudia veementemente qualquer ato de racismo e discriminação. Informa que não recebeu notificação por parte de autoridades, porém se mantém à disposição para colaboração e esclarecimentos.”

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