Irmãos acusados de golpe milionário envolvendo pirâmide financeira no país fizeram vítimas também em Gravataí

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Uma empresa tem sido alvo de diversas denúncias em pelo menos cinco estado brasileiro. A proposta da Midas Trend é simples; enriquecer seus associados. Desde 2019, quando a empresa, com sede em Salvador, começou a operar, os proprietários e irmãos, Deivanir Vieira Santos e o pastor Devanney dos Santos prometem o retorno rápido dos investimentos.

Nas redes sociais, principal canal de comunicação com os associados e de onde eles ofereciam os serviços da empresa, os dois esbanjavam uma vida de luxo, com joias, carros importados e viagens. Porém, tudo isso era parte do plano da dupla, acusada de pirâmide financeira e um prejuízo de cerca de R$ 55 milhões de reais, além do acúmulo de diferentes registros policiais por estelionato.

Era nas redes sociais que Deivanir oferecia o esquema de rendimentos. Clientes interessados faziam aplicações em bitcoin e criptomoedas com a promessa de rendimentos de até 4% ao dia. Além de diversas pessoas ao redor do país, pelo menos três registros policiais, lavrados em Gravataí, dão conta do suposto golpe praticado pelos irmãos. Os residentes do município investiram valores na empresa e desde então tentam reaver os investimentos. Um deles chegou a investir quase R$ 100 mil reais.

No entanto, os altos investimentos foram registrados em todo o Brasil. Desde o início de 2020 são diversos os relatos de investidores que pararam de receber os lucros envolvendo as operações da empresa. Muitos deles, que entraram recentemente, alegam que até agora não receberam nenhum tipo de retorno.

Cobrados diariamente, até mesmo com denúncias de clientes alegando estelionato por parte de Devanir e sua empresa, ele veio à publico e declarou que hackers haviam invadido as contas da empresa e sua própria pessoal, roubando todo seu dinheiro e os investimentos feitos pelos clientes

Durante a live, com cerca de 4 minutos, Deivanir atribuiu o roubo a uma operação feita na mineração de moedas. Ele ainda diz que contratou uma ‘equipe forte’ e já sabia quem havia feito o ataque. “Tenho quase a certeza de onde veio isso, entretanto, o sistema não vai subir até a gente resolver isso e acredito, baseado nos profissionais que estão em cima disso, eu acredito que a gente vai ter um final feliz”, declarou o presidente da Midas.

Desesperados, clientes da Midas se reuniram em seus estados e realizaram ações judiciais contra a empresa. Desde então, muitos procuram por Deivanir, que mesmo não tendo endereço fixo registrado, aparece diariamente na conta da empresa em plataformas de redes sociais. Além disso ele chegou a criar uma extensão de sua empresa. A Midas 2.0 foi anunciada pelo próprio acusado. Nela, Deivanir também prometia um cronograma de pagamentos a clientes que tiveram, ainda no ano passado, seus rendimentos interrompidos.

Em Gravataí, o Ministério Público (MP) confirmou que duas denúncias constam contra a empresa no município. Clientes acusam Deivair e a Midas de crime de estelionato. Neste último domingo (23), o acusado voltou às redes após uma denúncia veiculada pela Record TV. (Assista). A reportagem expôs o drama de brasileiros que perderam seus investimentos com as falsas promessas e também exibe a vida de luxa ostentada por Deivanir e sua companheira.

Não demorou muito para que ele voltasse às redes rebatendo os ataques. Além disso, o acusado desafiou os órgãos fiscalizadores, que não encontrariam nada de ilícito de sua empresa, tento em vista que a mesma atua na programação e criação de software de computadores, e que estes trazem resultados aos clientes, não configurando crimes de pirâmide financeira. Deivanir também garante que um programa de recuperação lançado na empresa será o responsável pelo pagamento dos prejuízos de seus investidores.

A reportagem do Giro de Gravataí tentou contato com Deivanir, Devanney e o jurídico da empresa Midas. Até o fechamento desta matéria não havia obtido retorno. Conforme os antigos investidores em Gravataí, a empresa muda constantemente de endereços, mas que servem com fachada. Nenhum dos endereços cadastrados pela empresa estão ligados à escritórios. Em pelo menos dois deles, outros estabelecimentos funcionam no local

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