- Especial
- 7 de março de 2022
Investigação esbarra na motivação para a morte de criminalista de Gravataí
Esbarra na motivação a elucidação completa da morte do advogado criminalista de Gravataí, Carlos Eduardo Martins Lima, encontrado sem vida na última semana em um bairro da Capital Florianópolis. Embora a polícia tenha detido temporariamente um homem apontado diretamente como um dos executores do crime, que segundo a investigação, era segurança de Carlos Eduardo, as circunstâncias para que tirassem a vida do criminalista ainda são desconhecidas.
Até o momento a polícia aponta que o crime foi praticado por mais de uma pessoa, todas com vínculo de amizade com a vítima. Além disso, peritos que estiveram na casa que se hospedava Carlos Eduardo e sua companheira encontraram vestígios de sangue, suspeitando que o crime tivesse sido cometido no local.
Ele foi encontrado com diversas lesões pelo corpo, além de hematomas, principalmente na região do rosto. Sem suas joias, tênis, celular e documentos, a polícia também suspeitou que ele tivesse sido vítima de um latrocínio, roubo seguido de morte. Porém, o veículo dele, blindado, avaliado em mais de R$ 300 mil, foi deixado há pouco metros do corpo, dando indícios de uma execução.
Um dia depois a polícia descartou o crime de bens. Conforme o delegado Ênio Mattos, titular da Homicídios de Florianópolis, pessoas que passaram o feriado de Carnaval com o advogado e sua companheira prestaram depoimento e revelaram uma semana conturbada, com brigas e discussões entre eles.
Carlos Eduardo chegou a ser considerado foragido da Justiça do RS por descumprimento de uma medida protetiva contra a ex-companheira, que foi revogada dias depois. Em um mês, ele também foi detido duas vezes no Litoral Norte por posse de entorpecentes. No entanto, acusava policiais de perseguição.
A investigação também segue a dinâmica de que o advogado tenha sido atraído para uma emboscada ao ir comprar cocaína. A polícia ainda não entende se um desacordo na negociação da droga foi o motivo para o crime ou se o pedido de compra foi apenas um pretexto para que Carlos Eduardo fosse morto. Outros suspeitos seguem sendo investigados.