Gravataí tem o menor número de homicídios desde 2011 entre janeiro e maio

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Nova fase busca esquecer as guerras sangrentas já ocorridas em Gravataí nos últimos dez anos.  Foto: Lauro Alves/Gaúcha ZH/Reprodução 27/07.

Os primeiros cinco meses de 2020 mostraram um avanço no combate aos homicídios em Gravataí. Ao todo, entre janeiro e maio, o município registrou 23 assassinatos, o menor número desde 2011, quando foram registrados 21 casos. Em 10 anos, apenas 2012 também contabilizou menos de 30 crimes consumados contra a vida nos primeiros cinco meses, foram 29.

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Depois de 2017, ano em que a cidade teve recorde de homicídios, com 135 casos ao longo do ano e 56 nos primeiros cinco meses, a cidade apresentou redução nos registros. Em 2018, foram 32 assassinatos até maio; já em 2019 foram 35, no mesmo período. A queda em relação ao ano passado é de aproximadamente 33%.

Os últimos dias permitem ainda uma projeção de dados que podem superar até os de 2011. Mesmo que até aqui, este ano tenha registrado dois homicídios a mais do que há nove anos, neste último sábado (13), Gravataí completou três semanas sem que uma pessoa tenha a vida tirada por outra. Ainda que tenham acontecido duas tentativas neste período. O último homicídio consumado aconteceu no sábado, 23 de maio.

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Mesmo que pareça pouco, três semanas sem homicídio, no período entre 2011 e 2019, todos os anos tiveram média de mais de um crime contra a vida por semana. Em 2017, foram 2,59 casos a cada semana. Já em 2011, a média ficou em 1,07. Encerrando a 24ª semana, 2020 apresenta uma média de 0,95 assassinatos por semana. Se seguir esta tendência, este ano terminará com o menor índice de homicídios dos últimos 10 anos.

O que explica?

Responsável pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP) de Gravataí, o delegado Eduardo do Amaral destacou os motivos que levaram à redução dos índices. “É uma série de fatores que mostram uma decrescente no número de homicídios em Gravataí ao longo dos anos. Ultimamente realizamos prisões importantes de criminosos potencialmente perigosos e que estão à serviço de facções. O trabalho integrado com a Brigada Militar (BM), com o setor de inteligência, também facilita o mapeamento e o cercamento destes criminosos”, destacou Amaral.

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O delegado ainda apontou que o trabalho preventivo, embora não seja uma atribuição direta de uma delegacia de homicídios, também foi responsável pela derrubada nos índices de assassinato. “Realizamos hoje um trabalho preventivo em áreas que são consideradas território de organizações criminosas. Muitos são presos por tráfico de drogas, em áreas que foram ou até mesmo serão locais de confronto entre os grupos pelos pontos de comercialização de drogas na cidade”, explicou Amaral, que em entrevistas anteriores também destacava que o tráfico é o gatilho para os crimes contra a vida.

BM segue a mesma lógica

Em entrevistas anteriores, no qual a reportagem do Giro de Gravataí divulgou também a média de prisões realizadas pela BM no mês de maio e a redução significativa no número de assaltos à residência, o major Luis Felipe Neves, responsável pelo policiamento ostensivo, destacava alguns fatores que contribuem para a redução positiva dos números de assassinatos. Entre os pontos elencados estavam a integração entre as polícias, além do trabalho ostensivo em bairros conflagrados e a ação do serviço de inteligência.

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Operações do 17º BPM e ações desencadeadas pelo Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) também foram responsáveis pela queda no número de mortes violentas na cidade, reflexo de prisões e atuações em bairros que registram um índice elevado de denúncias envolvendo o tráfico de drogas.

Extra

Na última semana, Gravataí registrou duas tentativas de homicídio, ambas envolvendo dois jovens de 19 anos. Eles foram alvejados a tiros em dois ataques ocorridos em dois bairros em Gravataí. Os dois casos são investigados pela Delegacia de Homicídios de Gravataí.

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Reportagem

Giovani de Oliveira

Gabriel Siota Ganzer

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