Felipe Jardim | “Charlando” um pouco sobre tradicionalismo

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Foto: Reprodução | Divulgação

Tenho ouvido por ai quem diga que o gaúcho é grosso, sem estudo… Isto mesmo, ainda hoje há este tipo de preconceito pelas plagas meridionais…

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Já ouvi uma expressão que ainda ecoa nos meus ouvidos e me traz uma tristeza profunda: “Ah, é esse ‘povo de CTG’…”.

Realmente, isto é algo que me entristece, não pelo fato de que julguem a nós, tradicionalistas, mas por ver que estas pessoas perdem o brilho de conhecer verdadeiramente a rica cultura do chão onde nasceram e de valorizar aquilo que os avós, com toda a certeza, os ensinaram.

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Ao mesmo tempo em que escuto isso de pessoas “leigas”, no que tange a tradição gaúcha, ouço pessoas conhecedoras do passado deste pago se lançando olhares a outrem como a julgá-lo ser “menos tradicionalista” ou que não é um “tradicionalista de verdade” por usar algo que não faz parte daquela indumentária, por isso ou aquilo que não condiz com certo “perfil de gaúcho”…

Sinceramente, penso que ser gaúcho transcende o uso de pilcha, o ato de tomar chimarrão, de montar a cavalo… Ser gaúcho, para mim, não é usar bota e bombacha no dia 20 de setembro e desfilar se não se sabe nem o motivo deste dia pra história deste Estado!

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Ser gaúcho, para mim, é conhecer a história do lenço branco (chimango) e do lenço vermelho (maragato) e saber que há um nó maragato e um nó chimango e por respeito à cultura, quando eu estiver usando uma destas cores de lenço, deveria, no mínimo, manter a tradição daquele nó, daquele lenço, afinal de contas tradicionalista cultua a tradição, ou então estamos nos contradizendo.

Ser gaúcho, para mim, não é ter um perfil unicamente, o gaúcho da fronteira tem seu perfil, assim como o gaúcho serrano, o de Porto Alegre… Mas ter um sentimento que nos unifica: o respeito e amor por esse chão!

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Sobre ser gaúcho, me lembro e busco respaldo na letra de Rodrigo Bauer, interpretada na voz de Jorge Guedes:

“Eu sou o próprio gaúcho, não sou um tipo oficial, marcado e assinalado por um galpão regional. Me gusta ser orelhano, sem fronteira ou documento meu ancestral, o gaudério, não tinha regulamento!”.

(Música: Sem Tinta, Rodrigo Bauer e Jorge Guedes)

Alguém dirá que sou contra o MTG por escrever estas palavras, porém afirmo: sem o Movimento a cultura não estaria viva, mas sem os gaúchos não há movimento!

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Conheçamos mais a cultura e busquemos entender, de fato, aquilo que compreende a nossa história!

Minha opinião: Enquanto houver, por exemplo, diretores culturais, como eu já vi com meus próprios olhos a não muito tempo, usando um lenço branco e um nó maragato feito nele, tudo aquilo que o movimento construiu pode andar ameaçado… E isto eu não aceito!

Bobagem? Talvez… ou não!…

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