Felino em risco de extinção é visto no Mato do Júlio, em Cachoeirinha

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Imagens do animal, que tem pelagem semelhante à Onça-pintada e Jaguatirica, foram captadas pelo coletivo que atua na defesa da floresta. Imagem: Wagner Fidalgo

Em um intervalo de quatro meses, o Coletivo Mato do Júlio, que atua na defesa da floresta de Cachoeirinha, teve duas grandes surpresas: mamíferos até então nunca vistos na cidade apareceram em imagens da armadilha fotográfica instalada pelos voluntários numa das laterais da área, na qual os moradores do entorno têm acesso.

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A mais recente descoberta do grupo é a presença de um felino em risco de extinção, o Gato-do-mato-pequeno (Leopardus Guttulus). Segundo o estudante de História e professor de alunos de inclusão Leonardo da Costa, a aparição do animal, que tem pelagem semelhante à Onça-pintada e Jaguatirica, surpreendeu todos os membros do coletivo.

“Estamos há três anos defendendo todos os dias essa floresta. Sabíamos da existência de vários animais, mas o Gato-do-mato-pequeno foi uma surpresa. Colocamos uma câmera com infravermelho que filma e tira foto toda vez que alguém passa na frente, seja dia ou noite. Fomos buscá-la no dia 26 de janeiro e ela registrou ele no dia 12, de madrugada”, conta.

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A análise das imagens e colaboração de biólogos possibilitou a confirmação de que se tratava de um felino dessa espécie, descritos como gatos selvagens que pesam até três quilos. Arborícola, o Gato-do-mato-pequeno vive predominantemente em áreas de floresta densa e possui hábitos noturnos.

Família da espécie Graxaim-do-mato também foi registrada no local. Imagem: Wagner Fidalgo

“Tem duas coisas importantes que precisamos pensar: a primeira é que a Floresta Mato do Júlio é tão bem preservada que um animal desses consegue ter uma vida tranquila ali; a segunda é que ele está na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, com status de vulnerável para extinção. Se não cuidarmos da área, ele pode ser extinto na região”, alerta Leonardo.

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Conforme o acadêmico de História, por enquanto, o único que o coletivo pode fazer é seguir monitorando o animal à distância, com fotos e vídeos. “Não podemos entrar na área e não temos financiamento para algo maior. Além disso, a área não é uma unidade de conservação”, frisa. Em setembro de 2022, os voluntários descobriram a presença de um Graxaim-do-mato no local. Em seguida, constataram que há uma família dessa espécie na área.

O Coletivo Mato do Júlio foi criado há três anos. Foto: Tuelho

Atuação voluntária

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O Coletivo Mato do Júlio nasceu em 2020, após uma audiência pública sobre o zoneamento da área. “Nossa missão é defender a floresta, mas a nossa meta é fazer toda população da cidade e da região ter orgulho de onde reside e das características do local”, destaca Leonardo.

O estudante de História também ressalta que a mobilização é antiga, começou com a Associação de Preservação da Natureza do Vale do Gravataí (APN-VG) e ganhou destaque quando o acadêmico de Geografia e passarinheiro Alan da Costa começou a publicar fotos dos animais presentes no Mato do Júlio para “conscientizar as pessoas da importância da maior Floresta de Cachoeirinha”.

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Atualmente, o grupo reúne cerca de 30 pessoas de forma direta, sendo a maioria universitários de Nutrição, Geologia, Geografia, Engenharia, Direito, Publicidade, História, Odontologia, Arqueologia e Biologia. Professores também auxiliam no trabalho, que inclui pesquisa científica, monitoramento de fauna, divulgação, palestras em escolas e universidades, arrecadação de alimentos, roupas e brinquedos para pessoas carentes de Cachoeirinha.

Para acompanhar o coletivo, o Instagram é @matodojulio e o Facebook Mato do Júlio.

Maior parte do grupo é formada por estudantes universitários. Foto: Leonardo da Costa
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