- Especial
- 25 de março de 2022
Ex-mulher de advogado morto em SC é suspeita de participação no crime, diz delegado
A investigação sobre a morte do advogado criminalista de Gravataí, Carlos Eduardo Martins Lima, de 31 anos, encontrado morto no início do mês de março, em Santa Catarina, pode ter um novo desfecho. Desde a prisão de seu segurança, suspeito de ser o autor do crime, a polícia buscava apurar outros partícipes, já que conforme testemunhas e provas técnicas, o contexto da morte teve a participação de outras pessoas.
Conforme o delegado Ênio Mattos, titular da Delegacia de Homicídios de Florianópolis, entre os investigados está a ex-companheira de Carlos Eduardo, que é de Gravataí. Ela é investigada pela participação do homicídio, mas para não atrapalhar o término da investigação, a polícia não revelou detalhes de qual seria a suposta participação no crime.
Ela, que não teve o nome revelado, estava hospedada num apartamento alugado pelo advogado e outros amigos na Barra da Lagoa. A dinâmica do crime, conforme a investigação, teria sido a negociação de cocaína. Carlos Eduardo havia sido atraído para uma emboscada ao sair para comprar droga. Durante a negociação foi agredido e torturado até a morte.
Alguns de seus pertences, como joias, tênis, celular e carteira não foram encontrados, indicando um latrocínio – roubo seguido de morte. O veículo dele, uma BMW, avaliada em mais de R$ 250 mil foi encontrada a poucos metros do corpo, levantando dúvidas sobre o crime.
Durante o depoimento de pessoas que estiveram com o criminalista horas antes de sua morte, a polícia descartou a hipótese de latrocínio. Horas depois um amigo e suposto segurança do advogado foi preso, apontado como o autor do crime.
Um mês antes ele havia sido identificado pela polícia durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao carro do advogado, que trafegava pela BR-290. Na ação os policiais localizaram com o criminalista porções de cocaína, e conduziram ele, o segurança e uma jovem que estava no veículo para a delegacia.
Nas redes sociais o criminalista se queixava de uma suposta perseguição que vinha sofrendo por policiais, já que chegou a ser abordado mais de uma vez em um só dia. A situação, no entanto, ocorreu após a Justiça Gaúcha expedir um mandado de prisão contra ele pelo descumprimento de medida protetiva contra a ex-companheira, suspeita de participação no crime. No entanto, a justiça revogou o pedido na mesma semana.
A investigação busca agora, por meio de outras provas, indiciar outras pessoas, apontadas também como responsáveis pela morte do criminalista. As circunstâncias ainda não foram completamente esclarecidas.