- Polícia
- 26 de outubro de 2021
Empregada doméstica é acusada injustamente de furto em supermercado de Gravataí
A última sexta-feira (22) foi marcada por vergonha para a empregada doméstica Inajara Gil Pinto, de 38 anos. Acompanhando o pai, que está internado no Hospital Dom João Becker, no início da tarde, a moradora do Rincão da Madalena decidiu comprar alguns produtos no supermercado Nacional, na Rua Doutor Luiz Bastos do Prado.
Andando pelos corredores, ela pensou em comprar um salame, chegou a pegar o produto, mas largou e seguiu escolhendo os seus produtos. Segundo o que relatou à reportagem do Giro de Gravataí, antes que chegasse ao caixa, Inajara foi abordada por um segurança. “Perguntou: ‘encontrou tudo o que tu queria?’ Eu respondi que sim. Ele perguntou se eu queria um folheto do super. Eu disse que não. Então ele disse “me dá o salame que tu colocou dentro da bolsa”.
A doméstica respondeu que não estava com o produto, mas o funcionário do mercado insistiu. “Tinha um monte de gente vendo, fiquei com muita vergonha”, lembra. O gerente do estabelecimento então interveio, ordenando que o segurança se afastasse e pediu desculpas à cliente.
“Foi muito constrangedor. Me senti muito mal. Já estou muito abalada por causa do meu pai. Foi vergonhoso, eu tinha conhecidos dentro do mercado. A gente mora em vila. Quando vê, vão estar dizendo que eu estava roubando um salame”, desabafa.
Pouco depois de deixar o local, Inajara retornou, acompanhada da Brigada Militar, mas foram informados que o segurança havia sido encaminhado para uma outra loja. Passados quatro dias do episódio, ela ainda não superou o ocorrido. “Me sinto um lixo, só choro, só choro depois que aconteceu isso. Muita gente me viu”, revela.
Em nota encaminhada ao Giro de Gravataí, a administração do mercado afirmou que repudia agressões e desrespeito e informou que afastou o segurança. Veja a nota na íntergra:
O Nacional repudia qualquer forma de agressão ou desrespeito. Tão logo foi informado sobre o fato na unidade de Gravataí, o grupo determinou o imediato afastamento do segurança à prestadora de serviços. Adicionalmente, a empresa iniciou a aplicação de medidas corretivas para garantir o absoluto cumprimento das suas normas éticas e operacionais.