- Polícia
- 9 de outubro de 2020
Em uma das linhas de investigação, polícia apura se morte de empresário em Gravataí foi encomendada
A Polícia Civil de Gravataí, logo nas primeiras horas de investigação sobre a morte do comerciante Aldair Francisco da Silveira, de 63 anos, descartou a possibilidade de um latrocínio – o roubo seguido de morte, e busca agora identificar quem teria motivos para executar o empresário, alvejado dentro do próprio estabelecimento comercial na tarde desta última quinta-feira (08).
A linha de homicídio foi reforçada após os relatos preliminares de testemunhas, que confirmaram à polícia que o autor dos disparos fugiu sem levar nada. Além disso, ao entrar no estabelecimento, o suspeito pediu para um funcionário pregos. Ao ser informado para se dirigir aos fundos do local, foi até o empresário, sacou o revólver e efetuou dois disparos.
Aldair chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Ele foi alvo de dois disparos, um no tórax e outro no abdomen. Ainda segundo informações coletadas pelos investigadores da Delegacia de Homicídios, o homem fugiu do estabelecimento em um veículo Kadett, que foi encontrado queimado minutos depois, na Estrada da Cavalhada, com ligação à BR-290.
Conforme o delegado responsável pelo caso, Ricardo Milesi, a investigação trabalha agora para descobrir as circunstâncias e identificar os autores. “Estamos trabalhando com a possibilidade de homicídio. Não foi subtraído nada, não anunciaram o assalto. Porém, ainda não temos uma linha concreta sobre a motivação para o crime. Neste ponto não descartamos nada”, destacou o Milesi.
Em 2017 o filho de Aldair, Michael Francisco da Silveira, na época com 35 anos, foi morto a tiros em outra madeireira da família, esta às margens da ERS-020. Na ação, dois criminosos chegaram em uma motocicleta, entraram no estabelecimento e perguntaram pela vítima. No escritório, Michael foi surpreendido por um dos criminosos, que abriu fogo.
Logo nos primeiros meses de investigação a polícia chegou a trabalhar também com a hipótese de um crime encomendado, mas o inquérito não foi concluído. A polícia busca agora identificar se existe ou não a relação entre os dois crimes, que para os investigadores, tem as dinâmicas semelhantes.
Empresário morto em madeireira em Gravataí teve filho executado em outro comércio da família em 2017