Em luto, Gravataí se despede de Sonia Oliveira

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Foto: Douglas Glier Schütz/Especial

Foi um dia enlutado. O céu encoberto pelas nuvens, a umidade sentida no ar e a cerração completavam a manhã melancólica da morte de uma das maiores mulheres da história política de Gravataí e da Região Metropolitana. A comoção, embora semelhante a de outros velórios que ocorrem diariamente, chegava até mesmo naqueles que passavam pela frente da Prefeitura de Gravataí.

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Foi por volta das 13h30 que os corpos da secretária de Educação de Gravataí, Sonia Oliveira, e do marido, Ricardo Abreu chegaram à sede da Prefeitura. Em caixões fechados, eles foram repousados no centro do paço municipal, e ali, centenas de pessoas se perfilavam por vez para se despedir dos dois, casados a 38 anos, e que planejavam uma vida mais aventureira a bordo de um motorhome

O velório seria inicialmente apenas para os familiares e amigos mais íntimos, mas o carisma de Sonia durante seus 40 anos de vida política e pública não permitiu. Quem chegava na prefeitura, podia compartilhar da dor sentida. Durante toda a tarde foi assim, a cada minuto, famílias e instituições enviavam flores para simbolizar o apreço que a filha do ex-prefeito e ex-deputado gravataiense, Dorival de Oliveira, tinha na cidade. 

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Quando o relógio marcou às 16h53, o choro e a tristeza ecoaram no espaço. Saíram da Prefeitura os caixões de Sonia e Ricardo, carregados pelo ex-prefeito Marco Alba, o presidente da Câmara Alan Vieira, e também por parentes. Um cortejo fúnebre extenso, e que contou até mesmo com vans escolares – em memória daquela que ficou à frente da Educação na cidade, saiu pela avenida principal rumo ao cemitério. 

Apesar do número menor de pessoas que se concentraram em frente a Prefeitura durante a tarde, centenas estiveram nos últimos momentos dos dois. O pároco da Igreja Nossa Senhora das Graças, Fabiano Glaeser, fez a oração final, e, após, os caixões foram descendo, sendo enterrados por volta das 17h45 de hoje.

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Sonia e Ricardo, casados a 38 anos, buscavam uma rotina mais viajante.

Entenda o caso

Sonia e Ricardo passaram o final de semana acampados com um motorhome em Gramado. Nesta segunda-feira (04), após dois dias sem retorno das ligações e mensagens de Whatsaps enviadas, os prefeito Marco Alba informou a Brigada Militar da cidade sobre a procura aos dois. Quando os policiais chegaram ao camping, encontraram Ricardo sob a cama e Sonia no corredor do veículo, ambos sem vida. 

De acordo com informações preliminares apuradas pela Polícia Civil de Gramado, a principal hipótese é de que os dois tenham morrido de asfixia por conta do vazamento de gás da rede interna do motorhome. Além disso, a perícia não identificou sinais de violência, roubo ou arrombamento no local. O botijão de gás também estava vazio, contribuindo para a hipótese de vazamento. 

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