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  • 26 de abril de 2020

Efeitos da estiagem poderiam ser amenizados se houvesse cuidado com as nascentes, afirma presidente da APNVG

Efeitos da estiagem poderiam ser amenizados se houvesse cuidado com as nascentes, afirma presidente da APNVG
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Rio Gravataí seguem em nível crítico por conta da estiagem.

Neste sábado (25), a medição realizada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) apontou que o Rio Gravataí estava com 42 centímetros na estação da Corsan em Gravataí. Pelo padrão adotado, a situação é considerada crítica e faz com que permaneçam suspensas as captações de água que não tenham por finalidade o consumo humano. Conforme apurou a reportagem do Giro de Gravataí, um estudo da Sema projeta que mesmo com as chuvas previstas nos próximos meses, a tendência é que a condição do rio não volte ao normal em 2020.

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De acordo com o presidente da Associação de Proteção Natural do Vale do Gravataí (APNVG), Paulo Muller, a situação poderia ser evitada se tivessem sido realizadas obras de infraestrutura e renaturalização. “Nós estamos há 40 anos falando isso. Vivemos um problema muito sério, que é característico de um ambiente sofrendo modificações”, afirmou.

O ecologista lembra que as variações de secas e enchentes atingem a região há muito tempo, mas alerta que em um ambiente degradado os problemas se agravam. “Tem uma série de coisas que precisam ser feitas. Pergunta qual foi a obra feita para retomar a vazão? Qual foi a medida tomada para recuperar o Banhado Grande?”, questionou. A Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande é o local em que ficam 67% das nascentes do Rio Gravataí. Desde o início de abril, os bombeiros e a Sema trabalham no combate a incêndios que atingem o local.

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Segundo Paulo Muller, são necessárias obras para uma maior retenção da água nas nascentes. “Choveu pouco, mas se tivessem trabalhado na renaturalização, não estaríamos sentindo tanto”. Ele também defende que o momento de baixa no volume do Rio, como agora, é mais propício e mais barato para realizar o trabalho necessário. O presidente da associação ainda lembrou que o prejuízo pela estiagem no Rio Grande do Sul é muito grande. “Diziam que isto era coisa de ecologista, de adoradores de pé de couve. Mas isto está afetando a economia. Qual é o impacto na lavoura de soja, no gado, milho, arroz feijão?”

Muller fez duras críticas à Corsan, que segundo ele, adota uma “política suicida”, simplesmente mudando as bombas de captação para pontos com maior profundidade, sem se empenhar na recuperação das nascentes. “Nós ficamos com a pia derramando, enxugando o chão, mas ninguém tem coragem de fechar a torneira”, criticou.

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