Crime bárbaro e sem solução; há sete anos, Maria Aline era assassinada

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Foi no dia 08 de agosto de 2014 que a comunidade gravataiense se viu diante de um caso bárbaro, e que mudaria para sempre a vida de familiares e amigos da estudante, na época com 15 anos, Maria Aline Ourique. Todos os dias a jovem saia de sua casa no bairro Parque Conceição – nas imediações da 79, caminhava até a escola Nicolau Chiavaro Neto, na área central de Gravataí. 

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Estudante do turno da tarde, naquela dia, Maria Aline não chegou até a escola. Passaram as horas até que os pais desconfiaram do não retorno da filha, que não tinha o hábito de parar em nenhum lugar, muito menos fazer visitas a alguém. Aflitos e sem saber o que fazer, comunicaram a polícia sobre o desaparecimento dela – prenúncio de uma tragédia. 

Buscas começaram a ser feitas e uma apuração paralela foi iniciada pelos investigadores da Polícia Civil. O caminho em que Maria Aline fazia diariamente foi refeito afim de saber informações que pudessem levar ao seu paradeiro. 

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Por conta de inúmeros casos de adolescentes que desaparecem de forma voluntária, muitas pessoas passaram a desdenhar do sumiço de Maria Aline, até que no final da tarde daquele dia, um comunicado a Delegacia de Homicídios de Alvorada dava conta do encontro de um corpo às margens da ERS-118. 

Encontro do corpo e o andamento das investigações 

Era por volta das 18h quando um morador de Alvorada, proprietário de uma pequena chácara na região do Distrito, ficou impactado com a cena que presenciava a sua frente. Em uma área descampada, na Estrada Arno Feijó – paralela com a ERS-118, ele avistou o corpo de uma jovem, parcialmente nua. A essa altura, já circulava em Gravataí a informação da morte brutal de Maria Aline. 

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Foi o pai dela, Adljamo Rodrigues da Silva que reconheceu o corpo da jovem no IML, querendo não acreditar no que estava acontecendo. Desde o dia 08, a polícia iniciou as investigações, que até hoje não chegaram a lugar nenhum. Nos dias seguintes, a comoção era grande na cidade. Colegas, professores e familiares realizaram um protesto pelas ruas do Centro de Gravataí pedindo justiça, e também o fim da violência. 

Por conta da localização do corpo, o caso ficou com a Delegacia de Homicídios de Alvorada, que passou a trabalhar com infinitas possibilidades para a morte de Maria Aline. Durante as investigações, a polícia suspeitava que a jovem havia sido vítima de violência sexual, porém a versão foi descartada por um dos laudos periciais. O mesmo documento também apontava a causa da morte: asfixia. Maria Aline foi estrangulada e conforme apontam laudos complementares, apresentava diversas lesões pelo corpo. 

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Prisão 

Quatro dias após sua morte, a Brigada Militar de Gravataí chegou a prender um suspeito do crime. Na delegacia, o homem foi ouvido por investigadores e logo após liberado. Mais tarde havia sido confirmado que o interrogado não tinha qualquer tipo de envolvimento na morte de Maria Aline.

Meses após as primeiras tentativas de pôr o responsável pelo crime atrás das grades, a Polícia Civil suspeitou que a jovem pudesse ter sido morta por uma pessoa conhecida ou que pelo menos conhecesse a rotina de Maria Aline. A hipótese nunca foi concluída, porém testemunhas informaram que no dia do crime avistaram a jovem com uma pessoa do sexo masculino, e não apresentava qualquer suspeita de que estaria sendo vítima de sequestro ou algo semelhante 

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A rede social era esperança

Maria Aline era um jovem que destinava seu tempo livre para navegar na internet e conversar através das redes sociais. Era no Facebook que Aline gostava de passar grande parte do tempo, e é ali também que a Polícia Civil esperava que fosse elucidado. 

A suspeita é de que a jovem possa ter marcado um encontro com um amigo virtual, mas sem a quebra do sigilo, pedido pela investigação, era impossível saber se ela mantinha contato com o executor. Pelo menos duas notificações foram enviadas ao Facebook para pedir acesso ao perfil da jovem. Entretanto, segundo os investigadores na época, os pedidos nem havia sido respondidos pela plataforma. 

Sem previsões para conclusão

Em 2017, a reportagem conversou pela última vez com a mãe de jovem, Ieda Ourique da Silva, que desabafou pela difícil rotina de conviver sem a filha e com o assassino solto. Ela conta que diariamente fazia ligações para a Delegacia de Homicídios, mas ouvia sempre a mesma coisa ‘’O caso está sendo investigado’’. Passados sete anos, o inquérito com mais de 500 paginas, segue encaixotado na delegacia, sem indiciamentos. Pelo menos uma dúzia de pessoas foi investigada após denúncias anônimas, mas em nenhuma dela foi comprovada a participação. 

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Caso semelhante

Em 2018, um caso semelhante chocou novamente a região. O sequestro e morte da menina Eduarda Herrera, de nove anos, encontrada morta na ponte da divisa entre Alvorada e Gravataí. Ela havia sido raptada por um desconhecido que passou em frente a sua casa, no bairro Rubem Berta, na Capital. Dois anos se passaram e o caso segue em aberto, sem suspeitos para o crime. 

Na época, a Polícia Civil comparou os casos de Maria Aline e Eduarda Herrera, já que os dois seguiam o mesmo tipo de dinâmica, além de terem sido deixados na mesma região. No entanto, a falta de informações e elementos em ambos dificultaram o avanço das investigações para que pudessem tratar de um serial killer.

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