- Economia
- 27 de janeiro de 2022
Como Gravataí se tornou o entrave do negócio de R$ 7,5 bilhões para a venda do Grupo Big ao Carrefour
Aguardando autorização desde o ano passado para a aquisição do Grupo Big, a rede francesa Carrefour recebeu nesta última quinta-feira (25) uma recomendação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que aprova a negociação. A venda, de R$ 7,5 bilhões, deve ser autorizada de forma definitiva até o início do segundo semestre deste ano.
No entanto, a preocupação do órgão é com Gravataí, que possui três unidades pertencentes ao Grupo Big; o supermercado Nacional, na parada 66, o hipermercado Big, às margens da Dorival de Oliveira, na parada 74, e o atacarejo Maxxi, na altura da parada 70. Com a venda, as unidades poderiam causar danos concorrenciais ao ramo na região.
”É necessária a aplicação de remédios estruturais que mitiguem a probabilidade de efeitos concorrenciais danosos nos mercados relevantes em torno de três unidades alvo’’, destaca o documento. Como saída, a superintendência geral do Cade negociou com as empresas um acordo em controle de concentrações (ACC), que prevê o desinvestimento destas lojas, ou seja, a venda delas para uma concorrência saudável na região.
Além de Gravataí, as cidades de Santa Maria, Viamão, Olinda, Recife e Juazeiro do Norte também representam um alerta de concorrência desleal ao órgão. Ao todo, está prevista na negociação a compra de 388 lojas. São 63 unidades da marca Maxxi, 43 da rede Sam’s Club, 86 da rede Big, 45 da Super Bompreço, 54 da Nacional e 97 da TodoDia.