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- 11 de março de 2021
Policial militar resgata jovem gravataiense após encontro amoroso frustrado em São Paulo
O Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), implantado no Brasil em 1992, tem sido um aliado das escolas públicas na formação de alunos, principalmente aqueles que vivem em comunidades carentes. Em Gravataí o programa não é diferente e já mudou a vida de muitos jovens gravataienses.
Em todas as palestras, os instrutores, policiais militares, destacam o círculo de confiança entre a comunidade e a polícia militar, podendo sempre contar, nos momento de dificuldade, com os policiais. E foi exatamente isso que aconteceu com o estudante de Gravataí de 18 anos, numa história que mobilizou os forças policiais de dois estados, e só foi possível por conta de um elo de ligação; o Proerd.
Foi na última sexta-feira (05) que o jovem, morador do bairro Morada Gaúcha arrumou as malas e partiu para São Paulo. O objetivo era morar junto com uma namorada que havia conhecido há cerca de dois anos, e no último mês, decidiram viver juntos. No entanto, o que era para ser uma história de paixão se tornou um pesadelo. Ao chegar, no domingo, o jovem tentou contato com a namorada, que vivia em Osasco, na grande São Paulo, mas não conseguiu.
Com apenas uma mala e sem dinheiro para retornar, ele passou a vagar pelas imediações da rodoviária. Ao perceber que não tinha para onde ir, conseguiu contato com seu instrutor do Proerd, o soldado Diogo Ávila, lotado no 17º BPM de Gravataí e que desde 2016 atua no programa. Ao compreender a situação e manter contato com o jovem, ele procurou orientações com o tenente Bastos, também lotado em Gravataí.
Conexão RS-SP
Orientado, Ávila escreveu um texto em um grupo de coordenadores do Proerd do Rio Grande do Sul. O desafio era localizar o gravataiense na cidade mais populosa do país. Conforme os policiais, uma das coordenadoras, a major Karina, informou ter contato com policiais de São Paulo, que também integram o Proerd. Um telefone foi feito à capitã Lígia, que é coordenadora do programa em São Paulo.
Em poucos minutos, policiais paulistas já procuravam o gravataiense na rodoviária. Ao serem informados da localização dele, o alívio para o policiais do RS, que acompanhavam a situação no grupo. No entanto, o desafio já era outro; trazer o jovem de volta à Gravataí. Foi então que, novamente, o espírito de dever ao próximo falou mais alto. A solução rápida encontrada pelos militares foi uma vaquinha entre o grupo de coordenadores, que em poucos minutos arrecadou o equivalente a R$ 500,00 bancando a volta do jovem.
Já era noite desta quarta-feira (10) quando o ônibus com ele chegou à Rodoviária de Porto Alegre. No local, os policiais Ávila, Jairo, Schenchel e o tenente-coronel Cilon Freitas o esperavam. Ao descer do ônibus com a camiseta do Programa, ele não conteve o choro.
A gratidão
Para o policial Diogo Ávila, o sentimento é de Gratidão. “É a palavra que poderia resumir tudo isso que aconteceu. Fico feliz em saber que aquilo que eu falei durante a aula, que orientei serviu. Em uma das aulas a agente fala na rede de ajuda, no círculo de confiança, que sempre que eles estiverem em perigo, que precisarem de ajuda, podem procurar a polícia militar. E foi isso que aconteceu. Como proerdiano é muito gratificante”, destacou o PM.