- Geral
- 6 de maio de 2020
Chuvas do início da semana não são suficientes para tirar o Rio Gravataí da condição crítica
As chuvas que caíram na região no início da semana ajudaram a mitigar a situação do Rio Gravataí, castigado pela estiagem desde dezembro, mas não foram suficientes para tirá-lo da condição crítica, segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sena). De acordo com a última medição, realizada na tarde de ontem (05), o volume do rio na estação da Corsan em Alvorada é de 1,10 m, já em Gravataí, 0,32m. Nos dois pontos a situação é crítica.
O quadro não deve melhorar muito nos próximos dias. Mesmo com o tempo nublado, a tendência é que não tenhamos mais chuvas nesta quarta-feira (06) e o sol já deve retornar amanhã. Novas pancadas de chuva são esperadas apenas a partir da próxima semana, quando a previsão é de chuvas entre terça e sexta-feiras.
Desde o final de abril, um comitê, criado por iniciativa da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), busca recursos para ações no sentido de conter os danos da estiagem. Segundo o secretário do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Artur Lemos Júnior, algumas estratégias já foram elaboradas. “Nós já temos traçado um plano com ações a curto, médio e longo prazo. A curto prazo, falamos sobre o mapeamento e otimização de poços, barragens e açudes. Muitos poços já estão ativos nos municípios e podem ser utilizados de forma coletiva, como medida emergencial, beneficiando toda comunidade, outros já foram iniciados e não concluídos. Com o monitoramento, será possível reativá-los”, revelou.
A médio prazo e longo prazos, de acordo com a Sema, serão realizados desassoreamentos de rios e açudes com volume reduzidos, a regularização dos poços, o ordenamento da outorga de água e a revitalização de bacias e novas barragens.
Sobre a situação específica do Rio Gravataí, na última segunda-feira (04), o engenheiro hidrólogo da Sala de Situação da Sema, Lucas Giacomelli, concedeu uma entrevista ao repórter Juliano Piasetin, transmitida pelo perfil do Giro de Gravataí no Instagram. O engenheiro ressaltou que a área de captação do rio é uma das menores do estado, em contra partida, o contingente populacional atendido, seja para consumo humano, industrial ou irrigação é muito grande.
Confira a entrevista na íntegra:
https://www.instagram.com/tv/B_yQ5Swlc-s/