- Cachoeirinha
- 5 de outubro de 2021
Câmara de Cachoeirinha rejeita pedido de impeachment do prefeito Miki Breier
A Câmara Municipal de Cachoeirinha rejeitou, hoje (05) o pedido de impeachment do prefeito Miki Breier, afastado pela Justiça na última quinta-feira (30), a pedido do Ministério Público. O texto que pedia a cassação do prefeito foi lido na sessão e rejeitado por 11 votos a 4.
Antes da votação, o vereador Marco Barbosa (PP), manifestou sua opinião favorável à abertura do processo, embora tenha se declarado impedido de votar, já que é cunhado do prefeito afastado. “Para mim, não é nenhuma novidade a rejeição do pedido. A base do governo já derrubou todas as CPIs”.
Também favorável, o vereador Nelson Martini (PTB) argumentou que o Ministério Público não pediria o afastamento do prefeito se não tivesse provas. Na mesma linha, o Mano do Parque (PSL), também mencionou provas no site do MP e pediu que a situação seja investigada.
Já David Almansa (PT) chamou a atenção para as ações da semana passada. “A cidade assistiu estarrecida as operações do Ministério Público, em parceria com a Polícia Civil, a Brigada Militar, sobre as suspeitas de corrupção nos contratos da cidade”, mas ponderou que ainda não foi realizada uma denúncia pelo MP e que o parlamento não teve acesso às provas. “Meu mandato se pauta pelo senso de justiça e defesa do Estado Democrático de Direito”, explicou, dizendo que irá aguardar pelas provas.
Em contraponto, Edison Cordeiro (Republicanos) defendeu a abertura do processo, alegando que a Câmara deve fazer a sua própria investigação.
No sentido oposto, Gelson Braga (PSB), argumentou que faltam provas para aceitar o pedido. “Nós devemos nos atentar no que diz a denúncia. Neste caso, não temos provas, tudo que se tem é baseado em notícias. Acreditamos no que a promotoria faz, e com o devido tempo, com o direito de defesa, nós teremos a clareza”.
A falta de provas também foi o argumento da presidente da Câmara, Jussara Caçapava. “Quem for errado vai pagar. Mas não somos juízes. Se não tivermos provas, vamos fazer o quê? Sabemos que a mídia está forte. Mas pelo conhecimento jurídico, procurei muito me inteirar e não temos as provas aqui”, defendeu.
A autora do pedido, a ex-vereadora e ex-candidata a vice-prefeita, Jaqueline Ritter (Cidadania), criticou a decisão dos parlamentares. “Eu acredito que é um erro, talvez por não conhecer o papel da Câmara, que tem também a função fiscalizadora. Como pode dizer que não tem provas. Se não tem provas, é função da Câmara investigar, não jogar tudo para baixo do tapete”, defendeu.
Vereadores que votaram pela rejeição:
Cristian Wasem (MDB)
Deoclecio Mello (SOLIDARIEDADE)
Paulinho da Farmácia (PDT)
Brinaldo Mesquita (MDB)
Xavier Espindola (PSD)
Major (MDB)
Gelson Braga (PSB)
Gilson Stuart (PSB)
Fernando Medeiros (PDT)
Priscila Barra (PSD)
Sueme Pompeu de Mattos (PDT).