- Polícia
- 24 de julho de 2020
BM reforça ações para chegar à armeiro após apreensão de mais uma arma artesanal em Gravataí
Não é de hoje que a Brigada Militar (BM) de Gravataí vem realizando prisões nas quais criminosos são flagrados portanto armas artesanais. A última apreensão ocorreu na madrugada desta sexta-feira (24), no bairro Vila Imperial, às margens da ERS-030. Durante a abordagem, o homem de 20 anos e duas mulheres, uma de 22 e outra de 23 estavam com um veículo Corsa e uma motocicleta estacionadas. Conforme a BM, o veículo estava em situação de furto/roubo. Com o homem os policiais apreenderam o armamento de fabricação caseira.
Nos últimos dois anos, pelo menos quatro armas artesanais foram apreendidas na mesma região. Em 2018, a Delegacia de Homicídios de Gravataí, em operação no bairro Loteamento Princesa, apreendeu na casa de um dos alvos uma submetralhadora. Em maio do mesmo ano, uma troca de tiros entre policiais militares e criminosos no mesmo loteamento terminou com a prisão de dois criminosos e a apreensão de mais uma submetralhadora, também de fabricação caseira.
Em janeiro deste ano, uma prisão no bairro Parque Jaqueline revelou mais um armamento nas ruas. Foi durante a prisão de um homem e a apreensão de dois adolescentes que os policias localizaram em uma residência a arma, feita partir do calibre 9 mm.
A reportagem do Giro de Gravataí conversou com um policial civil, especialista em armas de fogo. “A imensa maioria das armas de hoje (originais) são feitas em boa parte com plástico. Mas tem algumas partes que não podem ser feitas deste material, a exemplo; ferrolho, câmara, percursor, culatra e molas, pois não executaria o propósito de uma arma de fogo. Por isso, tais peças são produzidas com aço”, disse.
Entretanto, ainda segundo ele, não há nem comparativo com as produzidas artesanalmente. “Na maioria das vezes as armas artesanais são feitas com um material mais rústico, pobre, confeccionado em ferro, aço de baixíssima qualidade”, destacou o agente, que por questões de segurança, preferiu o anonimato.
Responsável pelo 17º BPM de Gravataí, major Luis Felipe Neves afirmou que os policiais do setor de inteligência da BM trabalham com as informações de um armeiro na cidade, mas não relevou detalhes. Um homem, residente em Gravataí, seria o responsável também pela venda do armamento, inicialmente comercializado à uma facção com atuação no município.