- Polícia
- 17 de janeiro de 2020
Banco de Perfis Genéticos do RS pode apontar autor de caso de necrofilia em cemitério de Gravataí
Criado em 2010, o Banco de Perfis Genéticos do Rio Grande do Sul pode dar luz ao fim do túnel da investigação da Polícia Civil que busca identificar o autor do crime de necrofilia com uma mulher de 49 anos, vítima um dia depois de ser enterrada, no Cemitério Municipal do Rincão. Conforme o delegado Márcio Zachello, responsável pelo caso, as chances são pequenas, já que o banco de dados é recente.
“O material encontrado no corpo da vítima foi coletado e está sendo confrontado com todos os outros que estão guardados no banco. Isso pode apontar que o autor já tenha praticado este crime com outras vítimas, ou até mesmo apontar a autoria, sendo feito o cruzamento com algum preso por crime de cunho sexual”, destacou Zachello.
O laudo deve chegar na 1ª Delegacia de Polícia nos próximos 30 dias. Com isso, a investigação, se negativo der o resultado para o encontro de um perfil, deverá seguir na fase depoimentos, suspeitando que a vítima tenha sido escolhida de forma aleatória, já que segundo a família, ultimamente, devido a sua doença, não estava envolvida em relacionamentos amorosos.
Descartando hipóteses
Funcionários da empresa Mecanicapina, terceirizada, responsável pela manutenção do cemitério também se disponibilizaram a fornecer material genético para confronto com o material do necrófilo. Ainda segundo o delegado, o fornecimento vai eliminar de vez a participação de empregados.
“Levantamos todos que estavam de serviço no dia. Todos se disponibilizaram a fornecer material genético. É para confirmarmos que nenhum deles foi o autor, e ajudar a investigação eliminando hipóteses”, falou Zachello.
Mesmo sem um suspeito, os investigadores monitoram prisões por crimes sexuais e também casos envolvendo cemitérios. Familiares também foram interrogados, e conforme o delegado, não apresentam nenhum tipo de ‘desencontro de informações que o coloquem como suspeitos do crime. O caso é tratado como vilipêndio a cadáver.
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