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  • 9 de junho de 2020

Angolano preso injustamente em Gravataí será ouvido na Corregedoria da Brigada Militar

Angolano preso injustamente em Gravataí será ouvido na Corregedoria da Brigada Militar
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Técnico em radiologia, Gilberto Casta, ficou preso injustamente por 12 dias, na Penitenciária de Canoas. Foto: Reprodução/Divulgação

O técnico em radiologia, Gilberto Casta Almeida, de 26 anos, preso injustamente durante a abordagem policial que resultou na morte de sua companheira, a costureira Dorildes Laurindo, prestará depoimento na tarde desta terça-feira (09), na Corregedoria-Geral da Brigada Militar (BM), na Capital, que desde a última semana, avocou o inquérito que apura a conduta dos três policiais que participaram da ocorrência. Um dia depois do fato, a apuração era feita pelo 17º BPM.

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De acordo com a advogada de Gilberto, Ana Lúcia Konrath Alves, ele falará aos oficiais corregedores os detalhes da ocorrência, sustentada pelos policiais como uma troca de tiros, que resultou na prisão de Gilberto por duas semanas. Além disso, o angolano também irá relatar sobre as agressões físicas e verbais sofridas, como destacou a advogada.

“O Gilberto vai tentar reconhecer também qual o policial que colocou o coturno sobre sua cabeça na abordagem. Ele relata isso, que mesmo baleado, foi pisado, tanto que ele apresentava essa marca na testa. Vamos partir pelo abuso de autoridade, pois já estava imobilizado e baleado”, disse à reportagem.

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A Corregedoria e o Comando da BM apuram a atitude dos policiais, já que o relatório, os depoimentos das vítimas, do preso e até mesmo dos policiais, divergem. No início da última semana, o Ministério Público (MP), que também apontou divergências no caso em relação a troca de tiros, pediu oitivas complementares à Delegacia de Homicídios de Gravataí.

Com isso, investigadores voltaram a ouvir os três policiais de Gravataí envolvidos na ocorrência, além de outros seis de Cachoeirinha, de onde havia iniciado o acompanhamento do veículo em que Gilberto e Dorildes estavam. O relatório policial, feito pelo delegado Eduardo do Amaral, entendeu que Gilberto não participou da troca de tiros apontada pelos policiais, e remeteu ao judiciário indicando um excesso por parte dos brigadianos. O inquérito corre agora em sigilo na Corregedoria.

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Entenda o caso

Foi na noite do dia 18 de maio que o técnico em enfermagem, residente no estado de Goiás, Gilberto Casta Almeida, de 26 anos, estava com sua companheira, Dorildes Laurindo, 56 anos, em um veículo de transporte particular (Blablacar) quando o condutor do carro, Luiz Carlos Pail Junior, 31, furou o sinal vermelho em Cachoeirinha após ver uma viatura da Brigada Militar (BM). Policiais do município em acompanhamento ao veículo informaram sobre a ocorrência aos brigadianos de Gravataí.

Na ERS-118, a viatura com os três PMs estava no cerco e quando avistou o carro suspeito, iniciou uma perseguição. Conforme os policiais informaram ainda no flagrante, quando o veículo parou, os ocupantes abriram fogo contra eles, que revidaram. O condutor, Luiz Carlos, estava foragido da justiça e foi capturado após sair correndo. Ele dirigia com uma CNH falsa, o que facilitou seu cadastro na plataforma de transporte.

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Gilberto e Dorildes foram baleados e levados ao hospital. De lá, Gilberto recebeu alta e foi detido no Presídio de Canoas, quando foi solto no dia 29, após um pedido de Habeas Corpus impetrado pela advogada de defesa, Ana Lúcia Konrath Alves, e aceito pela 1ª Vara Criminal de Gravataí, entendendo que Gilberto havia sido preso injustamente. Dorildes permaneceu internada em estado grave no Hospital Dom João Becker, quando na última semana teve sua morte cerebral confirmada.

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