- Cachoeirinha
- 22 de outubro de 2021
Advogado pedirá à Justiça que compartilhe provas contra Miki para possível pedido de impeachment
Na última terça-feira (19), o advogado Adriano Luz esteve no Tribunal de Justiça em Porto Alegre, onde teve acesso ao processo envolvendo o prefeito afastado de Cachoeirinha, Miki Breier. Luz representa os vereadores Edison Cordeiro (Republicanos), Nelson Martini (PTB) e Luís Carlos, o Mano do Parque (PSL), os três de oposição.
À reportagem do Giro de Gravataí, Luz explicou que ainda está estudando a documentação, mas já informa a impressão que está tendo. “Nunca me deparei com uma denuncia tão bem formulada, tão minuciosa e tão robusta de provas”, avalia. O advogado também apresentou um resumo aos seus clientes. “Eles ficaram chocados, os fatos vão muito além do que tinham conhecimento por meio da CPI”, afirma.
Luz também adianta qual será o seu próximo passo, vai pedir à Justiça o compartilhamento das provas. “No Direito Civil, existe ‘prova emprestada’. É algo que não existe no Código Penal, nem no sentido da liberação, nem da proibição”, explica. “Vou pedir para que o desembargador nos autorize a utilizar em ações dentro do Legislativo”, completa. De acordo com o advogado, o processo poderá ser utilizado para a abertura de uma CPI ou uma denúncia por infração político-administrativa, que poderia resultar em um processo de impeachment.
Nossa reportagem conversou também com o advogado André Lima, defensor de Miki Breier. “Embora eu respeite o pedido do colega, me parece impossível já que iria ferir o sigilo do processo colocado pelo próprio desembargador. Mas a decisão final é do Judiciário”, analisa.
“Confio na palavra do prefeito Miki. Tenho certeza na sua inocência, há a apenas a presunção por parte do Ministério Público e, no final, veremos que a ação não se sustenta”, reforça Lima. “Quanto aos acontecimentos dos últimos dias, minha opinião é: parole, parole, parole“, completa o advogado, usando o italiano para “palavras, palavras, palavras”.