Nando Rocha | Cuidado para não tropeçar numa farmácia em Gravataí

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Esses dias resolvi caminhar pelo centro de Gravataí e quase tropecei em uns antibióticos. Dia após dia abre na cidade uma nova farmácia. As tradicionais farmácias da cidade vão dando lugar às bandeiras conhecidas que se proliferam e chegam a abrir dois estabelecimentos, um em cada esquina. Imagina uma situação onde você precisa encontrar um amigo, colega, namorada, e essa pessoa te orientar por um ponto de referência assim: “olá, eu estou aqui perto da farmácia do centro”. Impossível!

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Nem Deus conseguiria ser tão onipresente, de tantos lugares que deveria estar simultaneamente. Para encontrar uma livraria precisamos percorrer quilômetros. Se digitar no Google “livraria em Gravataí”, é capaz de dar a resposta “você tem certeza que não prefere uma farmácia?”. Nem mesmo as padarias e confeitarias – que substituíram nesse século os armazéns -, estão em quantidade maior que as farmácias. Meu pai trabalhou em farmácia. Antigamente as pessoas tinham os atendentes e farmacêuticos de sua confiança.

As farmácia administradas por famílias, com todo um tratamento customizado aos clientes. Hoje em dia se a gente for decorar o nome de cada atendente das inúmeras farmácias, vai faltar espaço no disco rígido do cérebro. Se dividirmos o número de habitantes pela quantidade de medicamentos que se vendem diariamente em todas as farmácias da cidade, chegamos a um coquetel por morador. Seria Gravataí uma cidade doente? Hipocondríaca? Não tenho dados exatos do número de farmácias que se instalaram em Gravataí nos últimos anos, mas se seguir nessa levada, imagino que em 2035 a cada duas casas teremos uma farmácia. Só eu tenho medo de um dia chegar em casa e terem construído uma farmácia no meu quarto?

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