Rodrigo Westeuser: Os “Viajantes das Galáxias” e a festa teatral que o SESC nos deu

Rodrigo Westeuser: Os “Viajantes das Galáxias” e a festa teatral que o SESC nos deu
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E nesse clima mais invernal, com friozinho chegando aos poucos e nos deixando com aquela vontade de uma taça de vinho, de uma comidinha mais quente, do aconchego do edredom e no início de uma semana que antecede mais um dos inúmeros feriadões que teremos nesse ano, vamos à coluna dessa semana, dessa vez saindo na segunda-feira, em vez de quinta, por motivos de força maior. Então vamos falar sobre o que se faz de arte, cultura e expressão artística na Aldeia dos Anjos.

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Na semana passada, na estreia do espaço, não pude falar sobre outra coisa senão da polêmica boataria sobre a pretensa extinção da FUNDARC, que se confirmou na quinta-feira passada, véspera de feriado, com a apresentação da Reforma Administrativa do Governo Marco Alba na Câmara de Vereadores. Mas a coluna existe para expor o que é feito de arte por aqui e não posso deixar de falar – e muito bem – sobre o papel que o SESC tem desempenhado como principal motor da economia da cultura atualmente no município de Gravataí.

 No final do mês de março, o SESC Gravataí promoveu a Maratona de Teatro, alusiva ao Dia Mundial do Teatro, celebrado no dia 27. O evento ocorreu entre os dias 22 e 25 de março, e apresentou três espetáculos, oficinas gratuitas de formação para os artistas locais, um encontro da classe teatral da cidade para recordar os grandes momentos da produção artística daqui e remontar cenas, leituras dramáticas, encontro com a autora Joana Sudati sobre dramaturgia e teatro na escola, enfim, um acontecimento riquíssimo, com a maioria das atividades gratuitas e ofertando oportunidades únicas a quem ainda, corajosamente, trabalha com o fazer artístico em Gravataí.

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 Entre esses espetáculos, assisti “O Viajante das Galáxias”, da Trupezona de Teatro, que estreava nesse dia, sob direção e dramaturgia de Fábio Castilhos e no elenco conta com o próprio Fábio e também com Giovanna Zottis e Luzia Ainhoren. É um espetáculo direcionado ao público infanto-juvenil que mistura as linguagens do teatro, da palhaçaria e do teatro de formas animadas. Os personagens Zipt, Zept e Zupt, viajantes das galáxias e do tempo, descobrem que chegaram ao destino errado. Porém, como não podem simplesmente prosseguir viagem, decidem contar a história de como começou a República das Galáxias. Uma história que fala sobre amizade e o respeito às diferenças.

O espetáculo é uma verdadeira festa de criatividade em cena. O elenco está muito afinado e possui um ritmo muito característico do palhaço, do clown, e que enriquece muito a atuação e prende a atenção da criançada. Os adereços cênicos são muito criativos, imaginativos e utilizados de forma inteligente, somando-se à narrativa de forma muito natural e mostrando que o teatro permite que qualquer elemento, associado à criatividade, se transforme em qualquer coisa para a plateia, desde um equipamento espacial até um instrumento musical que vira um teclado de programação da nave de transporte.

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É legal quando vemos poucos adereços muito bem aproveitados, figurinos bem pensados para a atuação, instrumentos musicais em cena, atores talentosos e que demonstram uma grande sintonia, um cuidado com o todo do espetáculo que, quando a encenação se encaminha para o fim, fica aquela sensação boa de “ahhhh… quero mais”.

Trabalhar com um número grande de crianças de diversas escolas, dentro do teatro onde – nossa! – as luzes se apagam e causam aquele alvoroço, requer recursos inimagináveis por parte dos atores para retomar a atenção, iniciar o espetáculo, manter o foco dos pequenos e contar uma história cheia de palavras estratosféricas, mas desde que o mundo é mundo, a melhor maneira de ter uma plateia entregue é apresentar um trabalho cuidadoso, que prime pelos detalhes e que lance mão da maior ferramenta de todas: a imaginação. Saí do teatro pensando em como é bom que ainda possamos ver boas histórias, com bons atores e feitos com amor, técnica e carinho. Obrigado SESC por ter um teatro, já que em Gravataí não temos um palco público. Obrigado a Trupezona

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Até a próxima, meus amigos! Obrigado por me lerem! Ótima semana e até quinta-feira!

 

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