Comandante da Brigada Militar de Gravataí é promovido e transferido para batalhão em Porto Alegre

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Tenente-coronel Luís Felipe Neves diz que seguirá morando em Gravataí.

Dedicando-se à Brigada Militar desde os 18 anos, o comandante do policiamento ostensivo de Gravataí, Luís Felipe Neves, foi promovido de major para tenente-coronel, premiando 30 anos de carreira. Na noite desta sexta-feira (21), poucos dias após a promoção, o oficial recebeu uma notícia importante, deixará o 17º BPM para comandar o 11ºBPM, em Porto Alegre.

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“É uma alegria, fico muito feliz. O 11º BPM é um dos maiores batalhões, responsável por parte das Zonas Norte e Leste de Porto Alegre”, revelou Neves à reportagem do Giro de Gravataí, comparando o novo batalhão com o seu atual. “Eu sempre disse que o 11º é o 17º da Capital e que o 17º é o 11º da Região Metropolitana. São muito parecidos, ambos aguerridos, de regiões importantes”, destacou Neves.

“Eu ficaria muito feliz se ficasse, Gravataí é a minha casa, gosto muito daqui e do 17º. Tenho o 17º no meu coração. Também fico muito feliz pelo reconhecimento de comandar um batalhão tão importante, como é o 11º”, observou.

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O tenente-coronel também deixou claro que, mesmo trabalhando em Porto Alegre, não deixará Gravataí, para onde se mudou em 2017. Na época, a Brigada Militar tinha o desafio de interromper uma sequência de homicídios que acontecia na cidade. Questionado sobre a situação no município, o policial militar reafirmou a confiança na segurança de Gravataí, a ponto de anunciar que deixaria seu endereço na capital para morar na cidade onde trabalhava.

De fato, os dois municípios são fundamentais na biografia do comandante. Ele nasceu e cresceu em Porto Alegre. Com 18 anos, fez o vestibular na PUCRS para ingressar na carreira de oficial da Brigada Militar. Após quatro anos de curso, com semi-internato, em 1994, Luís Felipe Neves conquistou o título de Bacharel em Ciências Militares – Área Defesa Social. “Eu sempre quis fazer alguma coisa para ajudar as pessoas. E tinha um amigo que entrou antes de mim no Curso de Formação de Oficiais, me falava como era. Então, decidi que era isso que eu queria. A forma que eu via para fazer o bem e ajudar as pessoas era na Brigada Militar”, lembrou.

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Formado, o aspirante a oficial foi encaminhado para o seu primeiro local de trabalho, o 17º Batalhão de Polícia Militar, de Gravataí, onde ficou por dois anos. Depois, o oficial foi crescendo na carreira militar, enquanto passava pelo Litoral Norte, São Leopoldo, Jacuí, Sapucaia do Sul, Três Passos, Santa Rosa, Ijuí, Porto Alegre, até voltar a Gravataí, no dia 1º de fevereiro de 2017, onde chegou já como major, para ser subcomandante

Logo nos primeiros dias após o retorno ao município, Neves se viu envolvido em dois tiroteios. “Sempre estive na rua, na linha de frente”, comenta. A postura de estar junto com os comandados, encarando as ocorrências, ajudou o oficial a conquistar o batalhão. Em meio ao crescimento de homicídios em Gravataí naquele ano, o oficial comandou as operações para reduzir a criminalidade.

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“O pessoal conta muito com o exemplo. A gente dá suporte, desmistifica a questão de ter as estrelas no ombro e só dar as ordens. A gente dá as ordens, mas conhecendo a realidade, entendendo a situação. Eles percebem que não é só fala”, explicou

Mesmo deixando o batalhão, o qual se tornou comandante em 2019, Neves não poupa elogios aos comandados. “Nosso efetivo é forte, de enfrentamento, não baixa a guarda”, analisou. No entanto, ele também destacou que “a mesma mão que é dura contra a criminalidade é a que acolhe quem precisa”.

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“Muito policial, assim como eu, a gente gosta de adrenalina, de correria. Mas a gente gosta também de fazer o Proerd, doar cestas básicas. Lembro uma ação de Páscoa que nós fizemos, e uma senhora veio nos dizer ‘muito obrigado pelo que vocês fizeram. Essa aqui vai ser a única Páscoa que meu neto vai ganhar’. Nós somos uma tropa de enfrentamento, mas uma tropa que acolhe”, observou.

No tempo em que comandou o 17º, Neves comemorou as quedas nos índices de criminalidade por três anos seguidos. Para o tenente-coronel, um dos fatores para a melhoria na segurança na cidade está na união entre os diferentes setores. “Aqui é um dos melhores lugares em que eu já trabalhei na relação com os outros órgãos de segurança, a Polícia civil, o IGP, a Susepe, o Ministério Público”, afirmou.

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