Homicídios caem 35% em relação ao ano passado em Gravataí

Homicídios caem 35% em relação ao ano passado em Gravataí
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Integração entre forças de segurança teve impacto no combate aos homicídios.

Entre janeiro e outubro de 2020, Gravataí registrou um número de homicídios 35% menor do que no mesmo período de 2019. Enquanto nos primeiros 10 meses do ano passado, a cidade contabilizou 60 pessoas assassinadas, este ano, o número foi de 39, de acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública.

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Os dados são comemorados pelos responsáveis pela segurança no município. “O ano passado já havia reduzido em relação a 2018. E este ano conseguimos reduzir em relação a 2019. Conseguimos reduzir e manter. Este ano chegamos a ter dois meses sem homicídios. Nos últimos 10 anos isso não havia acontecido”, comentou o major Luís Felipe Neves, comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar.

O diretor da 1º Delegacia Regional Metropolitana, delegado Juliano Ferreira, destacou o trabalho da Brigada Militar e que as investigações da Polícia Civil para os crimes contra a vida tiveram dois focos: atrelar os crimes não só aos executores, mas também aos mandantes, e tirar de circulação os matadores das facções. “Os líderes das facções, que estão presos, não querem ficar mais tempo na cadeia. Quando são condenados com mandantes, sabem que terão que cumprir novas penas”, explicou.

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Sobre os chamados “matadores”, o delegado contou que as facções que disputam os espaços do tráfico de drogas possuem criminosos designados para executar os rivais e desafetos. “Normalmente, são os mais frios, mais cruéis. Quando prendemos eles, estamos tirando de circulação aqueles que têm mais alta periculosidade”, analisou.

No mesmo sentido, o major Neves comentou a importância do trabalho de análise realizado para pensar as ações policiais. “O planejamento que nós fazemos em cima das estatísticas. Conseguimos fazer uma análise criminal, colocando ali a avaliação do modus operandi, de todo o cenário e com base nisso, a gente consegue montar um perfil e com base neste perfil, a gente vai buscar os possíveis autores”.

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Tanto Ferreira quanto Neves também veem no programa RS Seguro, do governo do Estado, uma importante ferramenta no combate ao crime. “A troca de informações que existe nessas reuniões é muito grande”, elogiou o major. O programa permite o contato entre membros da Brigada Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, Instituto-Geral de Perícias, Bombeiros, Susepe, Ministério Público e Judiciário.

O delegado ainda agradeceu o trabalho realizado pelos promotores e juízes criminais. “O Ministério Público e o Judiciário de Gravataí têm sido parceiros nas ações de segurança”, afirmou.

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Para Ferreira, outro fator teve impacto direto na queda dos índices de crimes contra a vida foram as transferências de líderes das facções para presídios federais, fora do estado. “Mais de 90% dos homicídios são ligados ao tráfico. Quando afastamos os líderes, deixamos as facções sem comando. É um golpe mais forte do que a descapitalização deles”, comentou.

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