Polícia indicia pais por homicídio qualificado em morte de bebê de três meses em Gravataí

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Criança deu entrada com suspeita de espancamento no dia 23 de dezembro. Foto: Giro de Gravataí/Especial

A Polícia Civil de Gravataí remeteu nesta última semana o inquérito que investigava a morte de um bebê de apenas três meses, que no dia 23 de dezembro deu entrada, já sem vida, no Pronto Atendimento 24 Horas. A criança havia sido levada pela mãe em companhia de um casal de tios, que deu abrigo à ela e ao companheiro, vindos do interior do estado em busca de novas oportunidade.

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Com diversos hematomas pelo corpo e apenas com as informações dadas pela mãe, que atestava a queda do bebê de um carrinho, os investigadores foram acionados para investigar a suposta morte violenta. Ferimentos na região genital do menino também foram constatados pela equipe médica,  que acionou o Conselho Tutelar. A hipótese de crime sexual foi descartada logo nas primeiras horas de investigação.

Versões

No primeiro depoimento, confirmaram que a criança havia caído de um carrinho,  na área de casa. Após a confirmação da morte da criança, os policiais civis foram até a residência do casal, na Estrada Andrade Neves, no bairro Neópolis, e encontraram a cena descrita pela mãe. A hipótese dela também poderia ser sustentada por um gari, que segundo o casal, havia passado no momento da queda da criança. Porém, conforme apontou os laudos periciais da criança, a queda de um carrinho seria incompatível com a lesão que ocasionou sua morte.

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“Ele tinha diversos hematomas pelo corpo. Mas a causa da morte foi por uma laceração hepática. Conversei com a perita que confirmou que o fígado do bebê foi repartido com a pancada, incompatível com a queda. Ela ainda explicou que se a criança tivesse mesmo caído do carrinho, a cabeça seria o primeiro ponto de impacto, por ser mais pesada. Ali já víamos indícios de que algo estava errado”, disse o responsável pela investigação, delegado Eduardo do Amaral.

Uma outra hipótese também havia sido levantada pelo casal, que tem ainda uma outra filha. A mãe cogitou que a menina, que segundo eles possuía ciúmes do irmão mais novo, o agredia com beliscões e tapas, o que teria ocasionado a morte da criança. Entretanto, conforme Amaral, a hipótese é descabida.

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“Durante as investigações eles tentaram sustentar essa versão, que não condiz com a realidade. De fato, a criança apresentava esses hematomas, mas a morte não teria como ter sido ocasionada por uma criança. É muito fraca, não teria força para provocar tamanha lesão. Só estavam os pais na residência, eles não assumiram a autoria, não deram a motivação e alegam que não sabem como a criança morreu. Indiciamos os dois por homicídio qualificado”, destacou Amaral.

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