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- 25 de fevereiro de 2019
O que se sabe até agora sobre a morte de Caroline Nogueira; polícia avança nas investigações
A brutalidade empregada na morte da motorista de aplicativos, Caroline Nogueira Rodrigues, de 36 anos, chama a atenção dos investigadores da Delegacia de Homicídios de Gravataí. Atingida por diversos tiros de pistola cal.380 na região do rosto e ombro, a vítima, que há dois anos trabalhava no ramo, entrou para a lista dos profissionais que perderam a vida enquanto atuavam no transporte particular de passageiros.
As linhas
Caroline foi encontrada em uma área descampada na Estrada do Barro Vermelho, em Gravataí. Conforme apurou a polícia, o corpo estava atirado no local e com ferimentos oriundos dos disparos. Com todas as peças de roupa no corpo, os agentes aguardam os lados da perícia para descartar ou então apontar se ela foi vítima de abuso sexual antes de ser morta. Apenas um boné, que não parecia pertencer a vítima, foi encontrado próximo do corpo, e também será periciado.
Iniciando a investigação com três linhas possíveis, o delegado responsável pelo caso, Eduardo do Amaral, ressalta que a principal apurada até a data de hoje (25), e a de homicídio. “Não vamos descartar as demais, mas pelo o que investigamos até agora não se trata de um feminicídio – algo que configure um crime passional. Um latrocínio também não foi descartado, mas é pouco provável, já que o fato de não ter encontrado o celular e os pertences, além do veículo queimado, foi para queimar algum tipo de prova.
Nós vamos continuar ouvindo testemunhas e apurar se de fato foi homicídio, a motivação do crime e identificar a autoria para tal crime”, disse Amaral em seu gabinete, um andar acima de onde, em uma sala, a última pessoa que havia falado com a vítima ainda viva prestava depoimento para um dos agentes.
Quebra-cabeça
Sem antecedentes criminais, Caroline tinha o veículo em que trabalhava registrado em Canoas, mas seria moradora da cidade de Alvorada. Solteira e sem relacionamentos longos, costumava trabalhar em horários alternativos, e realizava diversas corridas nas cidades de Alvorada e Gravataí. Motorista dos aplicativos Uber e Pop, ela teria feito a sua última corrida pela empresa Uber na última quinta-feira, e que teria sido finalizada com sucesso. Conforme o delegado, pela empresa POP, Caroline não fazia corridas desde 2017.
Um outro ponto, que segundo Eduardo, está sendo apurado é um post em seu Facebook. Na publicação que está sendo compartilhada nas redes sociais, mostra Caroline cobrando uma suposta dívida com outra usuária do Facebook. “Embora seja um fato isolado, também estamos analisando. Na verdade está sendo feita uma varredura em tudo para que possamos descobrir mais coisas e avançar com as investigações”, concluiu Amaral.