Social entre ‘amigos’ e um casal como isca; polícia elucida assassinato de motorista de aplicativos em Gravataí

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A Delegacia de Homicídios de Gravataí remeteu ao judiciário o inquérito sobre o assassinato do motorista de aplicativos Carlos Eduardo da Silva, de 27 anos, encontrado morto dentro do próprio veículo, no dia 02 de outubro na Estrada Timbaúva, zona rural de Gravataí.

Durante a investigação, policiais buscavam a motivação pelo qual criminosos queriam a vítima morta, e tentavam entender a brutalidade empregada, já que Eduardo, sem antecedentes criminais e sem envolvimento aparente com o crime, foi alvejado por cerca de 15 disparos. Entretanto, nas primeiras horas de investigação, uma informação revelaria o motivo.

Entre uma corrida e outra, Eduardo era responsável por traficar cocaína, fazendo uma espécie de tele-entrega para uma facção do município. Entretanto, com as frequentes entregas, membros de uma facção rival descobriram o esquema, que se dava principalmente em uma região dominada por uma facção contrária a que Eduardo indiretamente pertencia.

“Conseguimos identificar que o Eduardo na verdade era motorista de aplicativos para mascarar a venda de entorpecentes. Ele começou fazer  a venda de cocaína para a facção ‘A’. Só que a grande parte das pessoas que solicitavam sua tele-entregas eram de bairros de Gravataí que tinham o domínio da Facção ‘B’, no qual são inimigos mortais. Então arquitetaram um plano para executá-lo”, disse Amaral.

A social e a morte

Uma mulher, que não teve a identidade revelada, foi a chave, conforme a polícia, para que o plano pudesse ser executado. Ela, presa no dia 12 de setembro, em Cerro Grande do Sul, atraiu um casal de amigos para uma ‘social’ em sua residencia, já que os dois eram usuários de cocaína e tinham como fornecedor o motorista de aplicativos.

A investigação acredita que pelo menos sete pessoas estavam na casa da mulher quando por volta das 22h, eles pediram ao casal para que fizesse contato para uma tele-entrega de drogas. A solicitação foi feita e o motorista, Carlos Eduardo, saiu para a ‘corrida’.

“Conforme testemunhas, quando o Eduardo chegou, o homem saiu para pegar a droga. Os caras que estavam na residência com o casal foram atrás e sequestraram a vítima. Testemunhas também relataram que outros criminosos estavam de tocaia em uma casa ao lado e seguiram o carro da vítima com os outros executores. Eles foram até a estrada, em um local ermo, e executaram Eduardo”, conta o delegado.

Falta um 

Ao todo, cinco pessoas foram indiciadas por homicídio duplamente qualificado. Dois criminosos envolvidos no caso foram presos pela Brigada Militar (BM) por porte ilegal de arma dias depois do crime. A partir deles, os investigadores conseguiram chegar em todos os outros envolvidos.

Os criminosos, com idades entre 20 e 30 anos já possuíam antecedentes criminais por crimes contra a vida. Altanísio Lyrio Trajano, de 30 anos é o único criminoso foragido do caso. Ele foi indiciado pela polícia como um dos autores do assassinato. A Delegacia de Homicídios de Gravataí recebe denúncias anônimas pelos telefones 39452741 ou Whatsapp (51) 986088876.

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