Rodrigo Westeuser | O que esperar de 2018 com relação à cultura em Gravataí?

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VEJA | Reprodução

Essa é uma pergunta que tenho feito quase que diariamente nas minhas reflexões e sempre que julgo enxergar uma resposta, a única coisa que consigo ver, mesmo que com grande dificuldade, é um grande ponto de interrogação. (?)

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Vivemos em uma cidade que já foi referência em fomento à cultura, de forma ampla, e se eu voltar a enumerar todas as perdas que tivemos nos últimos anos, creio que seria redundante. Todos nós, envolvidos com o fazer cultural, sabemos que hoje, quando muito, temos o FESTIL – Festival de teatro estudantil, que todo ano fica naquele sai-não-sai. Exatamente como a Feira do Livro.

Há uma década gritamos e esperneamos como classe artística por terem nos tirado nosso principal equipamento do fazer artístico, teatral, que era o Cine Teatro. Digo ERA porque o que temos hoje é uma ruína do que já foi um teatro bem equipado, confortável, vivo, pulsante, com programação intensa e formando cidadãos críticos, que podiam se expressar, que tinham espaço para manifestar a sua arte, seja ela estudantil, amadora, profissional, dança, canto. Espaço de debate e construção de seres humanos melhores. Há uma década estamos ouvindo todo tipo de promessas a respeito, primeiramente, de um novíssimo teatro, lindo, poderoso e … NO SHOPPING – cof, cof, cof. O projeto, literalmente, verteu água, desculpem a brincadeira. Depois, soubemos à boca pequena, através de fontes, que a ideia agora é reformar o cine teatro. TADÃNNNNN!

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Temos o famoso wifi, que por fim não era só um wifi, mas fibra ótica e monitoramento. Ótimo. Temos uma crise de segurança em qualquer bairro, em qualquer horário, a todo momento. Uma paranoia e com toda razão. Mas, e quando teremos a oportunidade de conhecer de fato quais são os planos do município com relação ao Cine teatro, se ele existirá ou se devemos contar apenas com o SESC para sempre como palco e espaço qualificado para uso dos artistas da cidade?

Sei que esse papo não interessa a muita gente, que poucos vão ler. Menos ainda irão concordar. Milhares (tomara) dirão “Teatro pra quê se não tem nem asfalto nas ruas que são só buracos, nem saúde, nem nada?”. Não podemos pensar de forma unilateral porque quando há vontade, constroem-se elefantes brancos caríssimos e, às vezes, inúteis.

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Tomo a liberdade de usar esse espaço para fazer esse desabafo, talvez cobrança, ou quem sabe pedido de informação em nome da classe artística, dos professores que anseiam pelo FESTIL, de uma grande galera que anda bastante desmobilizada, desmotivada, correndo sozinhos como carreira de formiga pisada, quando poderiam estar trabalhando em equipe, produzindo, gerando renda, movimento, legado artístico e cultural, gente que se reconhece, que sabe o que quer.

De novo, queremos saber.

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