- Polícia
- 28 de agosto de 2019
Preso no interior do RS suspeito de integrar o ‘Caveirão da Morte’ em Gravataí
Uma ação da Brigada Militar (BM) de Lajeado no início desta semana colocou atrás das grades o homem mais procurado de Gravataí nos últimos tempos. Dado com foragido dias depois de ir para o regime de prisão domiciliar, ele, com residência na Morada do Vale II, rompeu a tornozeleira e despareceu sem deixar rastros, colocando as forças policiais em alerta no RS.
Elivelton Araújo da Rosa, de 37 anos – o Nenê, é suspeito de ser um dos três integrantes do ‘Caveirão da Morte’ – um Honda Civic blindado e com chapas de ferro, utilizado como um tanque de guerra por um grupo criminoso na cidade para promover a execução de rivais e auxiliar na ofensiva para a conquista de territórios na disputa entre as facções.
Durante as investigações sobre os crimes da quadrilha, duas execuções com o uso da Caveirão já haviam sido confirmadas pelo Instituto Geral de Perícias ao encontrar sangue no veículo, que saia para missões especiais. ‘Quando o caveirão saia, alguém ia morrer. Isso era regra”, contou na época o diretor da DPRM, delegado Eduardo Hartz.
A prisão de Nenê
Cerca de 15 policiais montaram um cerca após a informação de que um homem de alta periculosidade estava levando uma vida tranquila na pacata Sério-RS, município de menos de dois mil habitantes, próximo de Lajeado. Estradas foram bloqueadas para que não houvesse fuga. Conforme a polícia, nenê foi preso no momento em que auxiliava um pedreiro em uma reforma na sua casa, um local simples, que estaria vivendo há cerca de três meses com a família.
Vizinhos, horrorizados com a descoberta, relatam à polícia não suspeitar do novo morador, que se identificou como engenheiro mecânico em busca de uma nova vida para criar seus filhos. Ainda segundo eles, a propriedade, na localidade de Araguari, cerca de oito quilômetros do centro de Sério foi adquirida por Elivelton há seis anos, sendo raras as visitas ao imóvel.
Nenê foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia de Lajeado. Com antecedentes por homicídios e tráfico de drogas, ele também foi um dos principais alvos a ser capturado durante a Operação Clivium, que desarticulou a facção criminosa oriunda da Rua da Ladeira, na qual teve 107 membros presos durante a ação, a maior da história de Gravataí.