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- 27 de junho de 2017
Pedro Morsch: Luto em preto e branco
“Quando morre um policial defendendo a sociedade, morre um pouco da nossa própria civilização. E é preciso lembrar dos direitos humanos daqueles que, todos os dias, colocam a própria vida em risco para enfrentar a criminalidade”. (José Ivo Sartori).
Gravataí se viu em luto nesta última Sexta-feira dia 23, luto, principalmente, pela vida de um herói anônimo do nosso cotidiano, o escrivão de polícia Rodrigo Wilsen da Silveira, vitimado por um disparo fatal efetuado por um ‘cidadão’ que está processando o Estado pelas más condições de sua estadia no Presídio Central. O clima de sexta-feira foi quebrado completamente. Nos restaurantes da cidade era notável a atenção tensa da população no noticiário do meio-dia, a expressão facial se perdia em tristeza e preocupação. O luto, acompanhado do sentimento de insegurança, acaba resultando no mais caótico espírito de fragilidade.
Não muito distante desta fatalidade, o bairro Itacolomi têm vivido atualmente em certo regime de plantão, o 24h da aflição, desde o duplo homicídio que ocorreu na noite de sábado (16/06) a comunidade têm sentido na pele o extremo da insegurança, moradores inconformados expõem que a liberdade que antes existia, hoje, não passa de uma velha memória, as crianças que em outros tempos brincavam, corriam e faziam campeonatos de futebol no conhecido ‘campinho’, agora se encolhem dentro de casa, aterrorizadas pelos eventuais tiros que circundam o bairro. A Polícia Militar vem intensificando o policiamento na região, nesta situação, avistar uma viatura da polícia é motivo de tranquilidade para todos os moradores.
Não é segredo que o atual governo do município tem se esforçado para contribuir de forma efetiva na Segurança Pública, a Guarda Municipal, muito mais do que o patrulhamento público, está agindo em conjunto com as unidades policiais de Gravataí, vindo a se tornar a Polícia Municipal, cujo dever abrange a proteção dos cidadãos de Gravataí.
Virá Gravataí um dia, poder se ver livre das angústias da insegurança, poderá vislumbrar um nefasto passado e vir a ser um exemplo de superação pública, mas neste momento, desejo que Deus nos ajude.