Oito anos depois, polícia descobre e indicia autor da morte de agricultor em Gravataí

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Foto: Jornal de Gravataí | Reprodução 2010

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Foi com alívio que Othemar Ripl ouviu da polícia que o autor da morte de seu filho, ocorrida em um sítio no ano de 2010 foi identificado, juntamente com outros dois comparsas, e indiciado pelo crime que chocou aquela comunidade pela violência dos criminosos ao agredirem o homem com socos, chutes e coronhadas. 

Foi na manhã do dia 26 de agosto de 2010, na localidade do Mato Fino, próximo da Morungava, que Othemar, na época com 85 anos, fez o que todo o agricultor fazia pela manhã. Depois do café, das cuias de chimarrão ia tratar os animais, com ajuda de seu filho que naquela manhã faria sua última lida.

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Próximo das vacas, o idoso foi surpreendido por dois homens que acampanavam próximo de um galpão, há metros da residência da família. Othemar não teve outra reação se não entrar em luta corporal com os criminosos, mas sem chance. Ele foi espancado e teve um nariz quebrado. 

Na mesma cena seu seu filho, Valério Inácio Ripl, na época com 46 anos, se aproximou aos ouvir os gritos e os pedidos de socorro do pai. Ao entrar no campo de visão dos criminosos ele foi alvejado. De acordo com a perícia na época, Valério recebeu os primeiros disparos e tentou correr para se refugiar no galpão, mas morreu no local, crivado com seis tiros.

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A dupla conseguiu fugir em um veículo VW/Fusca modelo 79, conforme o depoimento de vizinhos na época. Eles ainda alertaram a polícia sobre o condutor, que seria uma terceira pessoa. Desde a data do crime, tanto os jornais quanto a própria polícia apontava para um crime de latrocínio – roubo seguido de morte. No entanto a quantidade de tiros deixou a linha de investigação mais ampla, não descartando uma possível execução.

E foi através do veículo que a 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Gravataí retomou neste ano de 2018 a investigação por trás do crime, em uma ofensiva contra os casos que ficaram sem elucidação na delegacia até 2014, quando foi instalada na cidade a Delegacia de Homicídios.

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Do fusca veio a resposta

A polícia foi afundo em uma das peças chave para conseguir concluir o inquérito. Foram diversas placas, diversos cruzamentos de informações e diferentes técnicas de investigação para que a polícia conseguisse identificar o carro que rondava a região dias antes do crime, e que foi visto na fuga dos criminosos. O veículo bateu com o Fusca que pertencia a um morador do bairro Feitoria, em São Leopoldo.

A investigação avançou e a polícia chegou até o filho do proprietário, Deivide Guedes, que estava preso na Penitenciária Modulada de Montenegro. Conforme a investigação, os relatos do pai da vítima e de vizinhos apontaram as características de um dos autores do crime, e que tinham as semelhanças de Deivide. Outros dois amigos e comparsas do mundo do crime, Michel Gomes Bayer de Jesus e Alvair Pereira também tinham os mesmos traços dados por testemunhas, colocando o trio como os possíveis autores do caso.

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Em 2013 a dupla Deivide e Michel também participou de um homicídio coincidentemente no bairro em que moravam, na Feitoria. Eles teriam executado um homem na disputa pelos pontos de tráfico de drogas na região. No dia 27 de fevereiro de 2017 Michel foi morto a tiros durante um confronto também entre facções do tráfico de drogas. O seu parceiro e integrante do trio, Evair também morreu, mas dois anos antes em um outro crime de mesma motivação, sobrando apenas Deivide. 

Ouvido na cadeia, ele alegou que falaria apenas em juízo, mas de acordo com a polícia, confessou ser o condutor do veículo FW/Fusca no homicídio que participou com Michel em 2013. A investigação sustentou desde a data do crime que o trio tinha a intenção de assaltar a propriedade, mas ao verem a vítima indo ao confronto deles, acabaram disparando com medo de uma reação. A polícia concluiu o inquérito e indiciou o acusado também pelo homicídio de Valério, colocando fim em um dos crimes que comoveu a localidade na época. 

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