Luís Felipe | Paulo Silveira: O PSB estará na majoritária em 2020, na nossa ou não

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Esta semana o presidente municipal do Partido Socialista Brasileiro, vereador Paulo Silveira, me recebeu em seu gabinete para uma conversa sobre o presente e o futuro da sigla. Personagem da última trama política do ano em Gravataí, o PSB estaria em rota de aliança com o governo Marco Alba. Na oposição a governos municipais desde junho de 2004, o partido é um dos protagonistas da política local e hoje conta com três vereadores. Paulo Silveira, Carlos Fonseca e Wagner Padilha.

A seguir, os principais pontos da conversa que contou com o histórico dirigente Luis Stumpf como testemunha.

O partido

“O tamanho, atual e futuro, do PSB não passa pela eleição. Temos 32 anos de história em Gravataí e nos últimos anos nosso protagonismo apenas cresceu. O partido vive hoje seu momento de maior união e alinhamento, diferente de outros em que divergências internas acabavam pautando o debate. Isso não significa que todos pensemos igual, isso é partido. Temos um programa político e buscamos dialogar com quem tenha um programa que sintonize com as diretrizes fundamentais e a visão do PSB.”

As relações políticas e o governo

“Estão tentando criar um cenário que nós não concordamos. Não somos dirigidos pelas tragédias que parte da imprensa desenha a nosso respeito. Há três grandes forças partidárias hoje em Gravataí: o MDB, o PDT e nós. As relações políticas estão acima das eventuais particularidades individuais, nossa relação com o PDT foi uma no começo do ano e pode ser outra no ano que vem. Recebemos oficialmente o vereador Dimas Costa, pré-candidato à prefeito pelo PSD, mas não significa que vamos estar juntos na eleição. Igual situação é a relação com o governo. O partido ouve a cidade e qualquer decisão será uma decisão do conjunto do partido que aliás já deliberou e autorizou que a gente converse sim com o prefeito.”

Paulo e Luizão evitam fazer uma avaliação do governo alegando falta debate interno, o que configuraria uma visão particular dos dois dirigentes.

Reforma da Previdência Municipal

Neste momento, perguntei ao vereador qual seria o posicionamento da bancada em uma provável votação de alterações no regime previdenciário de Gravataí, caso o PSB migre para a base de apoio ao governo.

“Não acredito que haverá a necessidade de projeto exclusivo, por conta da PEC paralela que avança em Brasília mas não me recuso a fazer o debate. Na minha visão, temos que avaliar alguns fatores, por exemplo, de como chegamos nessa situação? Sabemos que o IPAG iniciou sem fundos, do zero. Depois seguiu-se um longo período de inadimplência dos governos Bordignon e Stasinski e mais recentemente a falta de reposição salarial. Esses são alguns dos fatores que podem nortear o debate.”

“Num segundo momento, temos que pensar como será daqui pra frente. O déficit atuarial tem variadas formas de ser atacado, e uma escolha de gestão. A ex-prefeita Rita Sanco (PT) atacou bem esse problema, cumpriu a lei e pagou a conta, o mesmo faz o prefeito Marco Alba. Eu vou propor um fórum de discussão deste tema com a participação dos servidores, o caminho que Gravataí escolher seguir deve ter a participação dos servidores na decisão, nós vereadores somos representantes e temos que ouvir aqueles que mais sentirão as futuras medidas. Partidariamente, vamos discutir isso em fevereiro.”

O Futuro

“No futuro, teremos uma bancada com quatro vereadores. Temos uma nominata competitiva, com sete ou oito nomes com extrema viabilidade eleitoral. Para o segundo semestre está programada uma série de atividades que além de formar nosso candidatos e candidatas a vereadores, vai produzir nossas propostas e visão de cidade. Hoje, em cada canto que tu andar em Gravataí, tu encontra um companheiro nosso com o mesmo discurso, afinado à direção e ao partido.”

“Uma coisa eu vou te afirmar, o PSB estará numa chapa majoritária (neste momento, Luis Stumpf interrompe e complementa: na nossa ou não). Qualquer movimento do PSB assusta muita gente, inclusive aqui dentro da casa. Somos uma força política determinante na eleição de 2020 e vamos estar numa chapa. Não é uma imposição nossa, qualquer partido que queira ganhar a eleição quer o PSB na sua chapa. Somos um dos maiores partidos da cidade e seremos o fiel da balança.”

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