- Geral
- 22 de novembro de 2019
Investigado pela venda de PPCI, ex-comandante é condenado pela justiça em caso ocorrido em Gravataí
O ex-comandante do Corpo de Bombeiros de Gravataí, hoje major da reserva, Iremar Nogueira Charopen, foi condenado pela 1ª Auditoria da Justiça Militar a um ano e dois meses de prisão pelo crime de falsidade ideológica. Charopen se tornou réu em pelo menos três casos, dois deles através da Justiça Militar e outro pelo Ministério Público.
Segundo a justiça, Charopen é suspeito de diferentes crimes envolvendo a venda de PPCI para empresas e empresários entre os anos de 2012 a 2014, quando comandou os batalhões de Gravataí, Cachoeirinha e Alvorada. Ainda durante a investigação do MP, uma quebra de sigilo bancário apontou diversos depósitos irregulares em sua conta, todos oriundos de propina.
Em pelo menos quatro fatos investigados, Charopen teria recebido cerca de R$ 113 mil reais para a liberação de PPCI ou até mesmo para isentar empresas que deveriam instalar sistemas anti-incêndio.
Condenação por fato apurado em Gravataí
No caso em julgamento, que lhe rendeu a condenação, mas que acabou sendo aplicado o Sursis – suspensão condicional da pena, já que a mesma é inferior a dois anos de prisão, Charopen isentou o dono de um prédio comercial em Gravataí da instalação dos chamados sprinklers – dispositivo automático de combate a incêndio, conhecido também como ‘chuveirinho’.
O empresário, que não teve o nome revelado, foi isentado por meio de propina paga ao major. Além da suspensão da condenação, Charopen foi solto após ficar 21 dias preso de forma preventiva. Ele responde ainda pelos crimes de corrupção passiva e estelionato.
Em entrevista ao jornalista Humberto Trezzi, que revelou o caso, os advogados Daniel Tonetto, Tiago Carijo e Everton Oltramari informaram que vão recorrer da decisão da condenação, já que consideram o réu inocente, mas comemoraram a suspensão da pena e a liberdade do major.
Entenda o caso
Ex-comandante do Corpo de Bombeiros de Gravataí é preso suspeito de crimes envolvendo a venda de PPCI
Câmara de Gravataí quer apurar a participação de outros bombeiros em caso de ex-comandante preso
CPI do PPCI | Câmara de portas abertas para investigação paralela